Eu
Sou Ingrid Bergman. Uma Linda Homenagem.
Um excelente
documentário em nossas telonas. “Eu Sou Ingrid Bergman”, de Stig Björkman, é
uma linda homenagem à consagrada atriz sueca, onde tivemos toda a sua
trajetória contada em detalhes e de uma forma muito especial. Foram
aproveitadas muitas cartas, anotações de diários pessoais, uma grande
quantidade de filmes caseiros, filmes de testes para a câmara que a atriz fez, além
de muitas fotos, recortes de jornal e, obviamente, trechos dos filmes em que a
atriz atuou na Suécia, Estados Unidos, Itália, França, etc., isso sem falar das
entrevistas concedidas por seus quatro filhos e de pessoas que trabalharam com
a diva sueca que conquistou o mundo com películas como “Casablanca”, “Por Quem
Os Sinos Dobram” e “Sonata De Outono”.
Esse documentário é um
deleite para os olhos. Poucas vezes eu vi uma trajetória de vida contada com
tanto cuidado, respeito e carinho. Pudemos presenciar várias passagens da vida
da atriz. Sua infância muito atribulada, onde perdeu a mãe cedo (Bergman nem se
lembra dela, somente tem recordações através de imagens fotográficas), e perdeu
o pai na pré-adolescência, assim como uma sucessão de parentes que logo
perderiam a vida. Vemos também o teste para atriz (há uma foto da fila das
moças na calçada com ela lá, acreditem!), o primeiro casamento, a primeira
filha, a primeira ida à Hollywood, os casos extraconjugais e a consequente
rejeição do público, imprensa e crítica dos Estados Unidos, e assim
sucessivamente, numa história contada de forma tão cativante que nem sentimos o
tempo passar. Bergman contrariou todas as expectativas (seu corpo era
considerado grande demais para o de uma atriz) e conseguiu construir uma
carreira de sucesso. Sua beleza estonteante e semblante sereno conquistaram a
todos e a alavancaram, juntamente com seu talento. E pudemos tomar contato com
esse semblante em detalhes, desde os tempos mais jovens até o ocaso da vida,
onde a senhora ainda não havia perdido sua elegância nem sua beleza.
Uma parte que muito
chamou a atenção foi quando os filhos da atriz foram entrevistados. Eles deram
a entender que Bergman foi uma mãe muito ausente, em virtude de seus
compromissos com o cinema e com o teatro. Mas, mesmo assim, também deram a
entender que não tinham nem um pouco de mágoa ou ressentimento. O que os filhos
da atriz mais demonstraram foi uma lamentação em não poder ficar mais tempo
perto da mãe, pois quando isso acontecia, ela os tratava como se fosse uma
verdadeira amigona, de forma que todos têm boas recordações dela, apesar de uma
certa sensação de abandono. Todos os filhos, entretanto, são categóricos:
jamais escreveriam um livro ao estilo “Mamãezinha Querida”, como fez Christina
Crawford, filha adotiva de Joan Crawford, onde ela contava detalhes horríveis
da famosa atriz.
O documentário assumiu
um tom altamente afetivo muito em virtude das imagens de família. Bergman
adorava ter uma câmara para filmar ou fotografar tudo o que quisesse, hábito
esse herdado do pai e, por isso mesmo, há uma enorme quantidade de vídeos
caseiros que, segundo os próprios entrevistados, não era algo “chato”. Essas
filmagens tinham um “quê” cinematográfico que prendia a atenção. Podíamos
perceber a atriz “atuando” em várias dessas filmagens, o que deixava a coisa
bem mais suave e divertida. Uma parte muito legal da película foi a conversa
entre Sigourney Weaver, Liv Ullmann e a filha de Bergman, Isabella Rosselini
que, diga-se de passagem, é a cara da mãe. As atrizes falavam sobre a temporada
de Bergman no teatro nos Estados Unidos e o trabalho com o diretor também sueco
Ingmar Bergman, sobretudo no filme “Sonata de Outono”, onde alguns
desentendimentos mostraram que a atriz podia ser difícil, já que ela acreditava
que podia introduzir mudanças na filmagem que tornariam a película melhor para
todos. E, às vezes, ela batia o pé, inclusive com o outro Bergman (o Ingmar),
também outro cabeça dura, o que levava a discussões homéricas. E Liv Ullmann só
quieta lá no cantinho.
Assim, “Eu Sou Ingrid
Bergman” é um documentário imperdível para os fãs da atriz e para os
aficionados por cinema em geral, pois ele nos traz um caleidoscópio de
informações muito rico que é apegado a muitas imagens, sons, depoimentos e,
principalmente, uma dose enorme de afeto e carinho. Programa imperdível! Filme
para ver, ter e guardar. E não esqueça de ver o trailer depois das fotos.
Cartaz do Filme
Uma atriz irresistível...
Testes para a câmara
Documentário com muitas imagens de arquivo pessoal
Filhos têm boas lembranças, apesar das constantes viagens da mãe...
Quando estava em casa, toda a atenção para os filhos
Sua carreira foi marcada por filmes em vários países
Relação íntima com a câmara até nos momentos de descontração
A imagem sempre fez parte de sua vida
Vencedora de três oscars.
Fotogenia incomparável
Sigourney Weaver, Isabella Rosselini e Liv Ullmann com o diretor Stig Björkman
Amo muito o trabalho de Segourney Weaver. Eu adoro muito os livros por as histórias e sem dúvida 7 Minutos depois da meia noite é umo dos melhores filmes Sigourney Weaver, já queria assistir e agora é um dos meus preferidos. Li o livro em que esta baseada faz alguns anos e foi uma das melhores leituras até hoje, e sem dúvida teve uma grande equipe de produção. É muito inspiradora, realmente a recomendo.
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