Creed.
Rocky Balboa, Episódio VII.
Mais uma linda
homenagem em nossas telonas. “Creed” é um filme que celebra a saga de Rocky
Balboa, um dos ícones da década de 80, que produziu seis filmes. Dirigido por Ryan
Coogler (do excelente “Fruitvale Station, a Última Parada”), “Creed” nos lembra
um pouquinho do último “Guerra nas Estrelas”. E por que isso? Assim como a saga
espacial, esse também é o sétimo filme em que o personagem Rocky Balboa
aparece, embora agora ele assuma nem um posto de coadjuvante, mas de “segundo”
protagonista. E, segundo tem se falado por aí, J. J. Abrams levou mais a sério
“Guerra nas Estrelas” que George Lucas. Teria parecido também que Ryan Coogler
levou mais a sério “Rocky” que Sylvester Stallone? Num primeiro momento, essa
foi a impressão.
Mas, no que consiste a
história? Aqui, o protagonista é Adonis Johnson (interpretado por Michael B.
Jordan, que também estrelou em “Fruitvale Station” e no novo “Quarteto
Fantástico”), um rapaz que passou a infância em reformatórios e orfanatos, com
um histórico de indisciplinas e muitas brigas. Um belo dia, ainda nos tempos de
menino, ele recebeu a visita de Mary Anne Creed (interpretada por Phylicia
Rashad), viúva de ninguém mais, ninguém menos que Apolo Creed (ou Apolo, o
Doutrinador, para os mais antigos). Mary Anne confidencia a Adonis que ele era
filho de Apolo, fruto de um outro relacionamento, e leva o garoto para viver
com ela. Anos depois, o agora jovem rapaz tem um emprego estável e uma vida de
muito conforto, mas quer é mesmo fazer a sua vida no boxe, tendo até uma
modesta carreira. Adonis larga seu bom emprego para se lançar na vida de
pugilista. Mas encontra a reprovação de Mary Anne, assim como dos treinadores
da academia de boxe do pai. Vendo os combates memoráveis entre seu pai e Rocky
Balboa no youtube, Adonis decide partir para a Filadélfia, onde procura o
ítalo-americano para treiná-lo.
Para os fãs de Rocky,
essa história é um deleite para os olhos, principalmente porque o roteiro,
encabeçado pelo próprio diretor e por Aaron Covington, ficou muito bem escrito,
totalmente isento de falas e situações constrangedoras que a gente via lá atrás
nos primeiros “Rockys”. Não que os filmes fossem ruins, mas às vezes apareciam
algumas situações surreais. Em “Creed”, isso felizmente não acontece, muito em
virtude da relação entre Rocky e Adonis, que tinha um quê paternal, trazendo
muita carga dramática à história. Essa, sem dúvida, foi a grande atração do
filme e até rendeu um Globo de Ouro a Stallone de ator coadjuvante, assim como também
uma indicação ao Oscar de melhor ator coadjuvante para ele este ano. Fica aqui
a pergunta óbvia: o “Garanhão Italiano” merece esse Oscar? Difícil de dizer.
Precisamos ver as atuações dos outros indicados. Mark Ruffalo, por exemplo,
estava ótimo em “Spotlight”. E como Stallone já ganhou um Globo de Ouro... mas
vamos ver. Ainda dentre o elenco principal, não podemos nos esquecer de
mencionar a boa presença da atriz Tessa Thompson no papel de Bianca, uma
compositora que progressivamente perde a audição, e formará o par romântico do
filme com Adonis.
E por que o filme foi
uma bela homenagem aos filmes de Rocky Balboa? As referências estavam todas lá,
na medida certa e, com novas releituras. A academia de Mikey, o primeiro
treinador de Rocky, toda reconstruída, o restaurante de Rocky, os treinamentos
exaustivos como pegar galinhas, a música de fundo para as imagens de treinamento
de Adonis, que soava como paródia da música de treinamento do próprio Rocky, assim
como trechos das músicas antigas de Rocky na grande luta final. Com relação às
cenas de luta, me lembro certa vez que o nosso pugilista campeão mundial, Éder Jofre,
criticou muito o que via nos filmes de Rocky, dizendo que as lutas “não eram
boxe”. Neste filme, por sua vez, ficou a impressão de que o esporte foi levado
um pouco mais a sério ao longo do filme, antes do óbvio espetáculo pirotécnico-sanguinário
que foi a luta final. De qualquer forma, não vemos aqui um esporte, mas sim
cinema, que é a arte do ilusório, e não tem qualquer compromisso com a
realidade.
Assim, “Creed” é um
excelente filme que faz uma justa e digna homenagem a Rocky Balboa e sua saga, seja
nas referências aos antigos filmes, seja no relacionamento humano e terno entre
o filho de Apolo e o velho pugilista, chamado de “tio” pelo primeiro. Foi muito
legal ver Michael Jordan e Stallone contracenando juntos. Você vai rir e se
emocionar. E não deixe de dar uma
conferida no trailer abaixo.
Cartaz do Filme
Antigos adversários e amigos
Um filho de campeão que quer fazer seu próprio nome
Mostrando o verdadeiro adversário...
Treinamentos exaustivos
Motivação das antigas...
... e outras motivações...
Luta final!!!
Papai gostou!!!!
O diretor Ryan Coogler com Sylvester Stallone e Michael Jordan.
Dos melhores filmes de 2016, tem um dos melhores discursos que eu vi, muito reconhecimento de tudo uma história de sucesso, ganhou, fala-aperfeiçoamento, o conhecimento de nós, os sonhos que podemos alcançar, acho que em Creed Nascido para lutar o drama é bem dosado com uma história de amor que experiente muito bem ver o Sr. Stallone é a alma da sequela é uma jóia, eu estava à beira das lágrimas de tanta nostalgia.
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