Brigitte Helm, A Deusa Eterna De Yoshiwara!!!

Brigitte Helm, A Deusa Eterna De Yoshiwara!!!
Brigitte Helm, A Deusa Eterna De Yoshiwara!!!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Resenhas de filmes em cartaz

Hoje vamos falar de alguns filmes que estão em cartaz no circuito cinematográfico...

Lincoln


"O Homem é um animal político". Essa velhíssima frase se adequa muito bem ao filme "Lincoln", de Spielberg. Recordista de indicações ao Oscar 2013, a nova obra de um dos mais famoos cineastas contemporâeos tem como mote principal a luta do presidente americano pela aprovação, no Congresso, da emenda que abolirá a escravidão. E isso em plena guerra civil americana, onde o fim da escravidão é visto como incompatível com o fim da guerra. Assim, o republicano Lincoln movimenta sua equipe nos bastidores para angariar os votos restantes. Alguns de seus alvos são justamente deputados democratas (ironias da história). Assim, o filme transita por negociações e acordos políticos que, se num instante parecem enfadonhos, mostrar, por outro lado, de uma forma bem didática, os já conhecidos meandros do poder. Destaque também é dado a vifda pessoal do presidente e sua tragédia familiar, ponto valioso do filme, onde podemos ver as excelentes atuações de Daniel Day-Lewis e Sally Field, sem nos esquecermos do ótimo Tommy Lee Jones, que faz um deputado opositor de Lincolnb, que se alia ao presidente justamente no momento em que se busca dar um fim a escravidão. Vale a pena dar uma conferida.
Cotação: Super Legal!

Django Livre


Filmaço. É o que podemos dizer do novo Tarantino, "Django Livre", inspirado nos líricos e sangrentos faroestes italianos. "Django Livre" fala da história de um escravo (o ótimo Jamie Foxx) que é libertado por um caçador de recompensas alemão (interpretado pelo excelente ator Christopher Waltz, que já brilhou em "Bastardos Inglórios" e "Deus da Carnificina"), altamente cínico. Os dois fazem um trato e começam a caçar procurados no inverno para na primavera resgatarem a esposa do escravo que tem a característica peculiar de falar alemão. Mas ela é propriedade do cruel fazendeiro da "plantation" Candyland, interpretado por um sádico Leonardo di Caprio. Montado o cenário, muito sangue rola, regado a doses ácidas e delicosas de hunmor negro, como só Tarantino sabe fazer. Mas a grande virtude do filme é inegavelmente a discussão da questão racial nos Estados Unidos e de como o racismo é um veneno tão lesivo a alma que chega a contaminar os próprio negros. A imagem de um negro andando a cavalo - Django - é muito explorada no filme, pois ninguém, absolutamente ninguém, negro ou branco que fosse, admitia que um negro pudesse andar a cavalo. Destaque deve ser dado a manção que o filme faz as teorias científicas do século 19 que examinavam a pré-disposição das pessoas a uma suposta superioridade ou inferioridade intelectual de acordo com os formatos dos crânios humanos, ou a cor da pele. Ainda falando dos atores, mais dois destaques: a participação de Samuel Jackson, que interpreta o criado racista de di CaprioPasd, em excelente atuação, e a ponta de Franco Nero (o Django original dos faroestes italianos) atuando com Jamie Foxx. Imperdível!!!
Cotação: Super Legal!!!

País do Desejo.



Bom enredo, mas pouco trabalhado. Essa é a impressão de "País do Desejo", filme brasileiro que vem com uma excelente proposta, ou mlehor, várias propostas, mas cuja duração curta (pouco mais de uma hora de filme) impede que tais propostas sejam examinadas mais a fundo. O filme se centra em duas histórias: uma pianista que precisa fazer um transplante de rim e vive de forma amarga (interpretada sobriamente por Maria Padilha) e uma estranha família, cujo irmão médico (interpretado por Gabriel Braga Nunes) e outro irmão padre (interpretado por Fábio Assunção) convivem com um pai que vê beleza na vida, sobretudo nas mulheres. Tudo seria muito bonitinho e colorido caso não houvesse a mãe, vivendo em estado vegetativo num quarto, quase despercebidas por todos, visitada eventualmente, e que é cuidada por uma enfermeira de origem nipônica, fissurada por mangás eróticos e horóscopos de tipo sanguíneo, pretexto para colocá-la fracamente no fio narrativo do filme. Questões sérias como o estupro e o aborto, assim como a relação da Igreja Católica com esses temas também são abordadas, mas a curta duração do filme tira a profundidade necessária a temas tão caros. De bonito, fica a aproximação amorosa do padre com a pianista, mudando profundamente a vida dos dois. Infelizmente, tudo é resolvido muito rápido e o que não pôde se resolver, ficou pelo caminho. A japonesinha poderia compor um curioso triângulo amoroso, por exemplo, ou até terminar com o médico. Mas, nem isso. E a mãe, bom essa continua entubada até agora, mesmo depois de uma festa de aniversário que não convenceu nem um vegetal.
Cotação: Regular

O Lado Bom da Vida



Quantas vezes você já surtou na vida? Ou a ansiedade consumiu suas entranhas de forma obsessiva? O desespero de perder um amor que vai embora aos poucos e você luta até o fim por ele? Até que ponto o ser humano aguenta tal pressão?  Todas essas questões nos vêm a mente quando vemos a comédia "O Lado Bom da Vida", outro filme concorrente ao Oscar, que conta a história de um homem que surta ao encontrar a esposa com o professor no chuveiro. Depois de agredir violentamente o tal professor, o camarada vai para uma clínica de reabilitação e sai de lá depois de oito meses, sendo obrigado a respeitar uma distância mínima de sua mulher e a provar a todos (inclusive a polícia) de que pode levar uma vida nromal e não violenta. Num jantar na casa de seu amigo, ele conhece uma mocinha igualmente surtada em virtude da morte de seu marido iniciando uma química engraçada, mas muito explosiva. O filme envereda magistralmente da comédia ao drama, apadrinhado pelo sempre eficiente Robert de Niro, num papel coadjuvante de pai do sujeito surtado, sujeito esse que só pensa em voltar para a sua esposa e nem repara na amiguinha surtada sempre ao seu lado. O filme ultrapassa os limites da comédia romântica ao deixar de forma bem explícita as dificuldades do relacionamento humano, principalmente quando temos fortes momentos de crise. Apesar do tema pesado, o filme nos dá uma boa lição, pois lança a reflexão de como devemos nos comportar com pessoas que estão a nossa volta. O filme tem uma capa de entretenimento com um gomo de reflexão.
Cotação: Super Legal!!!

O Amante da Rainha


Lembra quando falam de que "há algo de podre no reino da Dinamarca"? Pois é, essa frase se adequa bem ao filme "O Amante da Rainha", concorrente ao Oscar de melhor filme estrangeiro este ano. E, ao contrário do que pode parecer, a podridão aqui não se refere especificamente ao adultério retratado no filme. A traição da rainha é apenas um pretexto, um pano de fundo para uma questão muito mais profunda: a penetração dos ideais iluministas e liberais (base de nossos direitos atuais) no reino dinamarquês. Passada no século 18, a história fala de uma mocinha pertencente a família real inglesa (onde as idéias liberais já transitavam livremente desde o século 17) cuja mão é prometida ao rei da Dinamarca, um jovem perturbado, pervertido e sem nenhuma capacidade de governar. A vida conjugal do casal se revela insuportável para os dois e a situação sofre uma reviravolta quando um simples médico do interior, na bae da troca de favores tão cara ao Antigo Regime, se torna médico particular do rei. Amante das idéias iluministas e liberais, o médico se aproxima da rainha, igualmente apaixonada pelas mesmas idéias, não sem se tornar um amigo muiro próximo do rei. O inusitado triângulo amoroso será reponsável pela implementação do liberalismo na Dinamarca, algo muito malvisto pelos conselheiros do rei e por sua própria mãe.  O filme também prima por um  lindo fuigurino e uma linda fotografia, com uma trama que prende a atenção do primeiro ao último minuto, sendo um exame do que acontecia nas dinastias da Europa duante o Antigo Regime, justamente a parte podre da história, que obrigava o povo a viver em péssimas condições. Povo esse também retratado pelo filme como altamente manipulável, seja pelo governo, seja pela religião.
Cotação: Super legal!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Luciana Pompeia Cavalcanti (in memoriam)

Eu não sou muito de postar no meu blog sobre a minha vida particular ou a de meus amigos. Entretanto, algumas vezes é necessário abrir uma exceção. Infelizmente, perdi uma antiga amiga neste mês de janeiro, a Luciana. Ela foi minha amiga durante o curso de astronomia que fiz na UFRJ. Já não tinha contato com ela há alguns anos, mas a notícia de um falecimento sempre traz à tona lembranças e saudades. E não posso deixar de me manifestar sobre ela, que era uma pessoa amiga, bem humorada e brincalhona, além de ser muito carinhosa. Quero deixar aqui em meu blog uma sincera homenagem a uma pessoa que passou pela minha vida e me trouxe muitas coisas boas. Luciana, onde você estiver, pode ter certeza de que não vamos te esquecer. E espero poder te encontrar novamente um dia. Um grande beijo de seu amigo Carlos...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Você Conhece Johann Moritz Rugendas?

Hoje vamos falar de outro pintor que retratou o Brasil Colonial: Johann Moritz Rugendas. Seguem algumas der suas obras e a biografia de sempre da Wikipédia.




Johann Moritz Rugendas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Johann Moritz Rugendas (Augsburgo, 29 de março de 1802Weilheim an der Teck, 29 de maio de 1858) foi um pintor alemão que viajou por todo o Brasil durante o período de 1822 a 1825, pintando os povos e costumes que encontrou. Rugendas era o nome que usava para assinar suas obras. Cursou a Academia de Belas-Artes de Munique, especializando-se na arte do desenho.

Biografia

Nasceu em Augsburgo, em 29 de março de 1802 e faleceu em Weilheim, em 29 de maio de 1858. De família de artistas, integrou a missão do barão de Georg Heinrich von Langsdorff e permaneceu no Brasil três anos.
No Brasil
Chegou em 1821 como espião com uma missão científica do barão de Langsdorff, viajando pelo país para coletar material para pinturas e desenhos. Acabou por se dedicar ao registro dos costumes locais, nos quais se pode notar o traço classificatório da arte botânica a detalhar os tipos humanos, as espécies vegetais e sua relação na paisagem. Quando se observa atentamente um desenho seu a bico-de-pena, por exemplo, entrevemos algumas de suas escolhas na conformação de sua narrativa plástica, para tornar legível a cena apresentada. Sabia «perfeitamente que a correção representativa não podia ser medida pela fidelidade à realidade, mas sim pela capacidade de transpô-la para a realidade da própria arte, o que envolvia um sem-número de convenções.»
Diz a obra Brasiliana da Biblioteca Nacional, página 81: « Como os demais viajantes do século XIX, Rugendas era compromissado por princípio com a documentação de um mundo que permaneceu desconhecido devido às práticas defensivas e protecionistas da coroa lusa. Esse esforço documental incluía, porém, o registro da situação particular de percepção.» (…) «A tarefa de Rugendas não se restringia, portanto, à documentação de uma situação objetiva, envolvendo o esclarecimento do valor do dado sensório.» Para o comentarista, o dilema do artista era: «como esclarecer um mundo que não se converte em impressões ordenáveis? De um lado, uma natureza incompreensível em exuberância e escala, além de uma urbanidade inabordável em sua complexa associação de padrões civilizados e ausência de civismo. De um outro, um artista estrangeiro, estranho, incapaz de demonstrar qualquer intimidade com o Novo Mundo. A solução se apresenta na adoção de procedimentos objetivistas da classificação científica.» E ainda: «No lugar daquele conhecimento íntimo da natureza (…), Rugendas documenta a impossibilidade da realidade brasileira se converter em impressão.»
Com apoio do naturalista Alexander von Humboldt, fez publicar suas memórias de viagem e transformou desenhos e aquarelas nas litografias do luxuoso álbum «Viagem pitoresca ao interior do Brasil».
Retorno ao Brasil
Em 1831 ele embarcou por conta própria em outra viagem à América e visitou diversos outros países com o mesmo objetivo, até 1846.
Sua temática era predominantemente paisagística e de representação de cenas do cotidiano. Deixou desenhos a grafite e bico-de-pena de tipos americanos, brasileiros ou latino-americanos, estudos de plantas, índios, negros, retratos, vistas urbanas, paisagens.
Bibliografia
  • Brasiliana da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, 2001.
  • Voyage pittoresque dans le Brésil, 1835.

Projetos relacionados

Motivado pelo naturalista Alexander Humboldt (1769 – 1859), Rugendas viaja para o México em 1831, com projeto de viagem pela América com objetivo de reunir material para nova publicação. No México, começa a pintar a óleo, utilizando as técnicas assimiladas na Itália. A partir de 1834, excursiona pela América do Sul, passa pelo Chile, Argentina, Peru e Bolívia. Em 1845, chega ao Rio de Janeiro, onde retrata membros da família imperial e é convidado a participar da Exposição Geral de Belas Artes. No ano seguinte, parte definitivamente para a Europa. Em troca de uma pensão anual e vitalícia, cede sua coleção de desenhos e aquarelas ao Rei Maximiliano II, da Baviera.http://ambiarte.wordpress.com/2008/03/21/rugendas-e-o-desmatamento/

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Você Conhece Alberto da Veiga Guignard?

Esta semana vamos falar de um grande artista brasileiro: Alberto da Veiga Guignard. Seguem alguns de seus quadros e a biografia de sempre da Wikipédia e um texto extraído do site amantesdavida.com.br



Alberto da Veiga Guignard
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Alberto da Veiga Guignard (Nova Friburgo, 25 de fevereiro de 1896Belo Horizonte, 25 de junho de 1962) foi um pintor brasileiro que ficou famoso por retratar paisagens mineiras.
Guignard nasceu com uma abertura total entre a boca, o nariz e o palato (lábio leporino), causando horror e compaixão aos seus pais. Ficou órfão de pai ainda menino e a mãe casou-se em seguida com um barão alemão arruinado, bem mais jovem que ela, com quem se mudaram para a Alemanha.
Sua formação foi alicerçada em bases européias pois lá viveu dos onze aos 33 anos. Frequentou as Academias de Belas Artes de Munique, onde estudou com Herman Groeber e Adolf Engeler, e de Florença.
De volta ao Brasil, nos anos 20, tornou-se um nome representativo dessa década e da seguinte, juntamente com Cândido Portinari, Ismael Nery e Cícero Dias.
Ainda jovem, orientou um grupo do qual participavam Iberê Camargo, Vera Mindlin e Alcides da Rocha Miranda. Nessa época (1944), a convite de Juscelino Kubitschek, então prefeito de Belo Horizonte, instalou um curso de desenho e pintura no recém-criado Instituto de Belas Artes. A partir daí, apaixonou-se pela cidade e mudou-se para lá.
Até a sua morte, Guignard expôs inúmeras vezes no Brasil. Em 1953, foi-lhe dedicada uma retrospectiva no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e, em 1992, no Museu Lasar Segall.

O Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, sob a curadoria do marchand Jean Boghici, amigo pessoal de Guignard, realizou uma restrospectiva, com ares de megaexposição internacional, em abril de 2000.
Foi um artista completo, atuando todos os gêneros da pintura - de naturezas mortas, paisagens, retratos até pinturas com temática religiosa e política, além de temas alegóricos.
Guignard amava, mesmo, as montanhas de Minas Gerais, seu céu e suas cores, as manchas nos muros e o seu povo. Colaborou para a formação de artistas que romperam com a linguagem acadêmica e ajudou a consolidar o modernismo nas artes plásticas em Minas. O período vivido em Minas está representado também no Museu Casa Guignard.[1]
Seu corpo repousa na Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, onde viveu até 1962.
Extraído de www.amantesdavida.com.br/segredos-nas-telas
SEGREDOS POR TRÁS DAS TELAS DE GUIGNARD
Novos exames de laboratório revelam técnicas artesanais e as pinceladas certeiras com as quais Guignard pintou suas oníricas paisagens de Minas Gerais.
Um dos expoentes da pintura modernista brasileira, Alberto da Veiga Guignard nunca teve um ateliê. Vivia na penúria, revezando-se entre pensões baratas e a casa de amigos e até trocando pintura por comida. Certa vez, pediu um preço tão baixo por quadro que o comprador não conteve o ar de espanto. Guignard então dobrou o lance e remendou: “Tinha me esquecido de incluir a moldura na conta”.
Em meio às dificuldades financeiras, ele produziu uma obra de notável apuro técnico, que sobressai pela delicadeza dos traços e pela pureza de tons com os quais construía suas paisagens mineiras sempre envoltas em uma atmosfera de sonhos.
Guignard, é o tema de um trabalho inédito no Brasil, que, por meio de análises químicas e físicas, começa a dissecar uma a uma suas telas e as finíssimas camadas escondidas por trás delas. Com um raio X e luz infravermelha, por exemplo, ficou claro que Guignard pouco remendava ou retocava suas pinturas, produzindo longas linhas de uma vez só, sem interrupções nem sinal de indecisão. Movia-se por tamanha segurança que, em seus desenhos, os traços chegavam a formar vincos no papel, como mostraram as microfotografias da superfície.

Nem mesmo o alcoolismo – de cujas complicações morreria em 1962, aos 66 anos – era um obstáculo para suas pinceladas certeiras. A investigação científica em obras de arte é comum na Europa e Estados Unidos, tendo ajudado a desvendar segredos por trás de quadros de mestres.
Para fazer a análise de 62 pinturas e desenhos de Guignard, cientistas do Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis, ligado à Universidade Federal de Minas Gerais, fizeram uso de técnicas e equipamentos variados: além do raio X, luzes infravermelha e ultravioleta e testes químicos em amostras removidas da pintura original. “O estudo reforça que Guignard era um virtuose dos pincéis e um grande conhecedor das técnicas, como poucos de seus contemporâneos”, dia a restauradora Ana Maria Ruegger, coordenadora da pesquisa ao lado da química Claudina Moresi.

Os fragmentos extraídos de suas telas, examinados em microscópio, mostram que Guignard preferia não pintar sobre tela branca, mas cobri-la antes com uma tinta acinzentada – técnica conhecida como imprimatura, usada no Renascentismo para garantir maior unidade e, ao mesmo tempo, contraste entre as cores. O pintor juntava resina às tintas, hábito disseminado na Holanda do século XVII, e usava a mistura para produzir camadas finíssimas de cores diferentes, uma sobre a outra.
Guignard, também costumava chegar a seus próprios tons a partir de cores primárias – seu apuro técnico nesse processo possibilitava as límpidas nuances que lhe são característica. O pintor passou as duas décadas finais de sua vida em Minas Gerais, suas obras foram valorizadas pelo mercado de arte depois de todos os outros modernos, seus quadros não revelam, em absoluto, o lado mais sombrio (vividos por episódios trágicos ao longo de sua vida) do homem que se realizou por meio dos pincéis.