Carol.
Homossexualismo, Família E Preconceito.
Mais um filme que
concorre ao Oscar. “Carol” concorre a seis estatuetas (melhor atriz, melhor
atriz coadjuvante, roteiro adaptado, trilha sonora, figurino e fotografia) e é
mais um filme que aborda um tema polêmico, o homossexualismo. Por isso mesmo,
“Carol” é uma película totalmente pautada nas atuações dos atores, sobretudo
Cate Blanchett e Rooney Mara, que interpretam as protagonistas.
Essa história, adaptada
de um romance de Patricia Highsmith, “Prince of Salt”, se passa na Nova York da
década de 50. Therese Belivet (interpretada por Rooney Mara) é uma moça na casa
dos 20 anos que trabalha numa loja de departamentos. É época de natal e, um
belo dia, adentra a loja Carol Aird (interpretada por Cate Blanchett) para
comprar um presente de natal para a filhinha. As duas mulheres interagem e já
houve uma química inicial. Quando Carol vai embora, ela deixou seu par de luvas
em cima do balcão. Foi a deixa para que Therese arrumasse uma forma de devolver
as luvas e para que Carol a convidasse para jantar. O casamento de Carol estava
desmoronando, pois ela já tinha tido um relacionamento homossexual com uma
amiga de infância. E, desta vez, o alvo seria Therese, que se deixou levar. O
marido de Carol, Harge Aird (interpretado por Kyle Chandler), decidiu entrar na
justiça para ter a guarda definitiva da filha, alegando que Carol não se
comportava de forma moral. Tal situação obviamente vai abalar o relacionamento
entre Carol e Therese, e o desfecho dessa história não será feito de forma
simples.
O filme tem grandes
virtudes, sobretudo as atuações de Cate Blanchett, que, não à toa, recebeu a
indicação ao Oscar de melhor atriz, e de Rooney Mara, que recebeu a indicação
para o Oscar de melhor atriz coadjuvante. As duas atrizes fizeram um tema tão
polêmico quanto o homossexualismo ser tratado com uma delicadeza extrema.
Blanchett fazia uma madame de quatro costados, enquanto que Mara fazia uma
jovem que ainda se descobria e se comportava de forma muito tímida,
desabrochando-se ao longo da exibição da película. O grande tema reflexivo do
filme foi a tal cláusula de moralidade que existia no acordo de divórcio, que
determinava a guarda da filha apenas para o pai. Como a personagem Carol bem
atestou, seu comportamento era considerado amoral, mas não era amoral tirar uma
filha de sua mãe. É mais uma história que vai mostrar todo o preconceito que
existia (e, em determinados lugares ainda existe) contra o homossexualismo, a
ponto de as leis não garantirem os direitos dos homossexuais, por considerarem
ainda essa prática como uma doença. E pensar que, em certos países, ainda tem
gente que pensa dessa forma. Ainda bem que isso acontece bem longe daqui...
A reconstituição de
época e o figurino também merecem destaque. As atrizes estavam charmosas e
deslumbrantes em roupas muito elegantes. O uso de automóveis da década de 50 só
realçava todo espírito daquela época. Com certeza, essas características
ajudaram em muito todo o clima de suavidade presente no filme e a indicação
para figurino também se faz muito justa.
Dessa forma, “Carol” é
mais outra produção digna de receber as indicações ao Oscar que recebeu. As
atuações das atrizes principais, o clima de delicadeza e suavidade, a boa
reconstituição de época e figurino, a discussão e reflexão sobre um tema
altamente polêmico. Todos esses fatores contribuíram para que essa película
entre na boa lista de filmes que devem ser vistos esse início de ano. E não se
esqueça de ver o trailer depois das fotos.
Cartaz do Filme
Carol, uma madame de quatro costados.
Therese, uma jovem que trabalha numa loja de departamentos.
Um encontro na loja de departamentos
Problemas no relacionamento.
Ótima reconstituição de época
Carrinhos antigos irados!!!
O filme prima pela delicadeza
Divulgando o filme com o diretor Todd Haynes
Isso aí, grande Carlos!!!!!! Achei um filme bem digno também. Uma Mrs. Blanchett bem sintonizada. E um cuidado incrível com figurino, trilha e fotografia. Adorei o filme! Abração!
ResponderExcluirIsso aí, grande Carlos!!!!!! Achei um filme bem digno também. Uma Mrs. Blanchett bem sintonizada. E um cuidado incrível com figurino, trilha e fotografia. Adorei o filme! Abração!
ResponderExcluir