O
Homem Que Elas Amavam Demais. Picareta Destruindo Vidas E Corações.
Uma dolorosa história
real. Essa é a melhor definição de “O Homem que elas amavam demais”, mais uma
película com a presença solar de Catherine Deneuve. A história em questão se
passa em Nice, no ano de 1976, onde Renée Le Roux (interpretada por Deneuve) é
uma acionista de um hotel com cassino de nome Palais de la Méditerranée. Ela recebe
a ajuda do jovem advogado Maurice Agnelet (interpretado por Guillaume Canet) que,
na verdade, é um tremendo picareta muito ambicioso que quer ficar bem na fita
com sua patroa e almeja postos mais altos na administração do hotel. Com uma
tremenda lábia, Maurice manipula Renée e sua filha mimadinha, Agnes
(interpretada pela bela Adèle Haenel). O advogado sem caráter seduz Agnes,
deixando-a em suas mãos. Tudo parecia ir maravilhosamente bem para Maurice,
quando Renée o destitui do cargo de conselheiro que a ajuda a administrar o
cassino, já que as coisas não iam bem financeiramente. É aí que Maurice destila
todo o seu veneno e, em sua sede de vingança, se voltará contra mãe e filha,
onde um trágico desfecho irá ocorrer.
É uma película bem
interessante e que prende muito a nossa atenção. O maior atrativo é que tal
história foi real e podemos sentir as dores dos personagens vívidas em nossas
almas. Além da presença de Deneuve, que já vale o ingresso (é o tipo do filme
em que a gente vai para ver a atriz; e, graças, sua presença tem sido frequente
em nossas telonas), Guillaume Canet como o sórdido Maurice está estupendo (você
fica com vontade de entrar no filme e meter a mão na cara dele) e Adèle Haenel
ficou maravilhosa e sedutora (com direito a algumas cenas de nudez
relativamente comportadas) como a menina mimada que mergulha numa via crúcis de
sofrimento pela desilusão amorosa. A reconstituição de época, aliada aos cenários
altamente luxuosos do cassino do hotel são outras atrações à parte. Se Maurice
será punido por seus malfeitos (essa expressão tem estado muito na moda)? Sem
mais spoilers por aqui. Mas é claro que fica toda uma expectativa, somente
revelada beeeem ao finalzinho do filme.
Dessa forma, “O Homem
que elas amavam demais” é um programa obrigatório para um filme cheio de
virtudes: as boas interpretações dos atores protagonistas, a trama baseada numa
história real, que só torna as emoções e dores mais intensas dentro de nós, a
boa composição dos cenários e reconstituições de época. Uma história bem
contada, que prende a nossa atenção do início ao fim, característica essa que
torna o filme atraente para todo o cinéfilo devoto.
Cartaz do filme.
Maurice, o mal caráter...
Agnes, a filha mimada...
Renée, a mãe ingênua
Maurice manipula Renée...
Maurice manipula Agnes. O que irá acontecer???
Nenhum comentário:
Postar um comentário