Pássaro
Branco Na Nevasca. Drama, Mistério E Leve Suspense.
Um interessante filme
americano passa quase que despercebido em nossas telas. “Pássaro Branco Na
Nevasca”, produzido em 2014 e escrito e dirigido por Gregg Araki, baseado no
livro de Laura Kasischke, contém um bom elenco: a “divergente” Shailene
Woodley, Eva Green (que trabalhou em “300, a Ascensão do Império”) e
Christopher Meloni (que trabalhou no seriado “Lei e Ordem, Unidade de Vítimas
Especiais”). Se pudéssemos definir um gênero para o filme, este seria sem
dúvida um drama. Mas a película vai além, incluindo mistério e leve suspense.
Vemos aqui a história
da pós-adolescente Kat (interpretada por Woodley), que vive numa família em
crise. Sua mãe, Eve (interpretada por Green) era uma mulher deslumbrante que
não aguentava mais a vida de casada. Seu pai, Brock (interpretado por Meloni)
era um sujeito muito tranquilo que aguentava passivamente todas as humilhações
impostas a ele por Eve. Nesse meio tempo, Kat tentava viver a sua vida, impedindo
que a crise familiar interferisse no seu dia-a-dia. Mas essa situação ficaria
impossível, pois um dia sua mãe simplesmente desapareceu, deixando Brock
arrasado. Kat não sentiu muito o sumiço da mãe, já que a postura totalmente
indiferente como um escapismo para lidar com a crise na família parecia que a
havia blindado. Mesmo assim, ela iniciou uma terapia e ainda tinha a sua
vidinha com o namorado, que era seu vizinho. Entretanto, o namorado começou a
se distanciar e Kat não percebia que algo maior acontecia em todo esse dilema
que envolvia o desaparecimento da mãe.
Apesar da história se
centrar muito em Kat e nas xurumelas da adolescência, o filme flui e prende
nossa atenção. Woodley esteve bem, embora a presença de Eva Green como a esposa
que humilhava o marido estivesse estupenda. A beleza em seu rosto combinada com
expressões raivosas e de desprezo muito chamaram a atenção e foi um atrativo à
parte, pois, já que a personagem desaparece, sua presença ocorre em partes
pontuais do filme onde ficava todo um destaque especial. Já a presença
bonitinha de Woodley por toda a película acabou por não ser tão impactante.
Meloni também esteve bem, como o homem desprezado e humilhado, onde seu
personagem transpirava uma insegurança e melancolia tremendas, passando grande
sensação de fraqueza, num contraste com seu porte físico avantajado. Já Green
era o oposto. Sua forte raiva e desprezo pelo marido contrastavam com sua bela
face e figura corpórea altamente esguia. Woodley, por sua vez, era muito
bonitinha, havendo até algumas cenas de nudez da moça, mas sua indiferença e
falta de emoção pareciam levá-la a uma interpretação vazia. Em poucos momentos
de explosões emocionais, ela foi mais exigida.
O grande detalhe do
filme é a curiosidade em saber o que aconteceu com Eve para ela ter
desaparecido. Vamos digerindo o drama adolescente ao longo da trama para
satisfazermos a curiosidade desse mistério mais ao final, onde o suspense
aflora levemente. Talvez a carga de suspense pudesse ser um pouco maior e mais
bem aproveitada.
Assim, “Pássaro Branco
na Nevasca” é um bom filme, mais em virtude do mistério envolvido do que do
drama exibido. O bom elenco também é um atrativo. Mas a coisa não é nada de
espetacular. Um entretenimento leve, que a gente vê e depois esquece. Talvez não
esqueça, pois é a oportunidade de ver Shailene Woodley interpretando algo um
pouco mais dramático do que um “blockbuster” como “Divergente”. Se a carreira
da mocinha decolar, “Pássaro Branco na Nevasca” ficará lembrado como uma
curiosidade.
Cartaz do filme.
Kat, atormentada por estranhos sonhos...
Eve.
Relação conflituosa com a mãe
Desaparecimento da mãe leva a um novo relacionamento com o pai.
Namorado fica cada vez mais distante após a mãe sumir.
Amigos "outsiders"
Fazendo terapia.
Crescendo...
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