Brigitte Helm, A Deusa Eterna De Yoshiwara!!!

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terça-feira, 26 de maio de 2015

Resenha de Filme - Quando Meus Pais Não Estão Em Casa

Quando Meus Pais Não Estão Em Casa.Turbulências Em Dias De Crise.
E não é que uma produção de Singapura de 2014 chegou até nós? O excelente “Quando Meus Pais Não Estão Em Casa” nos leva à Ásia de 1998, quando o continente era assolado por uma violenta crise econômica. Uma família, aparentemente de classe média alta, tinha que se desdobrar para manter as contas da casa em dia, sob uma ameaça constante de demissão. Enquanto isso, o filho pré-adolescente criava uma série de problemas disciplinares na escola cara em que estudava, aparentemente pela falta de atenção dos pais. Quando a mãe tinha que deixar seu emprego para tratar das situações de indisciplina do filho na escola, tratava o menino com severidade e cascudos. Para não deixar o garoto tão sozinho, eles irão contratar uma empregada doméstica filipina, de um país mais pobre e com uma cultura totalmente diferente (as Filipinas foram colonizadas pela Espanha e são católicas, por exemplo). Assim, a nova empregada, que quer tentar a vida num país mais rico, será tratada como uma cidadã de segunda categoria pela família, onde a mãe tem uma atitude mais esnobe e o pai vive em constante tensão pela responsabilidade maior sobre as contas da casa.
É um filme sobre relacionamentos humanos. E de como tais relacionamentos são afetados pela crise econômica. A recessão cria bolsões de crueldade em vários níveis, onde os personagens são submetidos a toda uma série de humilhações. Um típico caso de como a perversidade do sistema capitalista se infiltra e destrói as relações humanas no meio privado, o tipo de filme que estava muito em voga naquela situação de crise lá de meados da década de 1990, que não atingia a Ásia apenas.
O grande destaque fica por conta da relação entre a empregada e o menino. O garoto, uma espoleta em todos os sentidos, acaba desenvolvendo uma afeição com a empregada, que é uma mulher doce e que, pela força das circunstâncias, é obrigada a viver afastada de seu filho que está em sua terra natal. Tal relacionamento vai despertar um forte ciúme na mãe que não pode estar presente o tempo todo com o filho.
Essa película se enquadra naquela aqui já tão citada categoria de filmes, os filmes de denúncia que nos fazem refletir sobre os rumos para os quais levamos este mundo. Mostrar os efeitos de uma crise econômica no meio privado, provocada por uma elite gananciosa e inconsequente, é a forma mais eficaz de denunciar tais agruras, pois, ao ver uma família passando pelo pesadelo do desemprego e da falta de dinheiro para pagar suas contas, uma pergunta inevitável vem às nossas cabeças: “e se tudo isso estivesse acontecendo conosco?”, o que provoca uma sensação de incômodo e desconforto totais. Somente o fato de o filme suscitar tal discussão da qual é impossível ficarmos indiferentes, o faz cumprir a sua função social.
Dessa forma, filmes desse naipe sempre devem ser divulgados e exibidos para o maior número possível de pessoas, pois eles nos ajudam a perceber quais são os efeitos maléficos de uma crise econômica quando ela vem e coloca em nossas mentes uma pergunta que deve ser respondida em nosso íntimo: o que podemos fazer para nos precaver (ou pelo menos atenuar) tais efeitos sobre nós? Um filme que estimula tais reflexões sempre deve ser elogiado. 

Cartaz do filme


Cartaz divulgado no Brasil.


Um casal pressionado pela crise econômica


Uma babá zelosa...


A amizade com o menino floresce


E chega a brincadeiras pueris


Mãe e filho. Relacionamento difícil

Festa de aniversário. Raro momento de alegria.


Lembrança de um dia feliz

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