A
Quinta Onda. Os ETs Voltam A Atacar!
Mais um “blockbuster”
aparece nas telonas. “A Quinta Onda” volta a lançar mão do já batido tema da
invasão dos alienígenas à Terra, com a intenção de destruir a raça humana. Esse
modelo, usado lá nas décadas de 40 e 50, ficou meio esquecido por alguns anos
até voltar com força total em “Independence Day”, na década de 90. E agora, ele
retorna mais uma vez, embalado pelas historinhas de adolescentes protagonistas
que invadem as telas americanas. Ou seja, temos uma espécie de “Independence
Day” misturado com “Malhação”. Aliás, a história em seu início muito lembra
“Independence Day”: um gigantesco disco voador, que mais se parece com um
porco-espinho do que com um disco, orbita o planeta. E aí, as pessoas passam a
se referir aos ETs como “os outros”. Pois bem, os outros começam, então, a
lançar vários ataques que ficaram conhecidos como “ondas”. A primeira onda foi
o fim da eletricidade. A segunda onda foi literalmente um baita tsunami. A
terceira onda foi uma série de epidemias provocadas por aves. A quarta onda foi
a infiltração dos ETs entre nós. Já a quinta onda pretende riscar a raça humana
do mapa. Novamente os ETs precisam atacar os terrestres porque precisam do
planeta e de seus recursos. Só não se explica por que eles vêm de tão longe
para procurar esses recursos aqui. Enfim... e aí, temos a nossa carinha linda,
a protagonista Cassie Sullivan (interpretada por Chloë Grace Moretz, que
trabalhou na versão de Carrie de 2013 e em “A Invenção de Hugo Cabret”), que
vai perdendo toda a sua família na tragédia, mas o irmãozinho permanece vivo e
a moça procura resgatá-lo, em meio a ETs assassinos disfarçados de humanos. A
história também tem outro núcleo, o de Ben Parish (interpretado por Nick
Robinson), um colega de escola de Cassie que vai fazer parte de uma resistência
aos ETs organizada pelo exército americano, resistência essa formada somente de
adolescentes, pois era mais fácil de identificar se os jovens eram ETs
disfarçados ou não. Curiosamente, o irmãozinho de Cassie foi parar nessa
resistência e os destinos desses dois jovens vão acabar se cruzando.
Cá pra nós, a história
não é lá essas coisas, a começar por um exército de adolescentes que carregam
fuzis e metralhadoras. Isso até acontece em algumas guerras por aí, mas nunca
com adolescentes de carinha WASP. Fica algo meio bizarro até para filmes um
tanto surreais. Inverossímil demais, eu diria. Não há liberdade poética que
resista a essa situação. Ainda, o filme é coberto de clichês e de situações
óbvias e um tanto melosas, onde a gente até adivinha as falas. E, para piorar,
já está na cara que vai haver uma continuação. Dentre os filmes de
adolescentes, baseados em livros para adolescentes, esse talvez tenha sido um
dos mais fracos. Mas as menininhas obviamente gostaram e se divertiram muitos
com as situações de “affair” do filme. De qualquer forma, é uma aventurazinha
para distrair a cabeça. Entretenimento bobinho e nada mais do que isso.
Altamente descartável, como os pacotes de pipoca e copos de refrigerantes
vazios que inundavam a sala de cinema do Botafogo Praia Shopping. Não è à toa
que ele estreou na Zona Sul em apenas uma sala...
Dessa forma, “A Quinta
Onda” não é nada demais, Apenas entretenimento adolescente. Mas dá para rir
bastante do óbvio e dos clichês. E não deixe de ver o trailer após as fotos.
Cartaz do Filme
Cassie. Vida arruinada pelos ETs.
Saindo por aí com um fuzil...
Um amigo???
Defendendo o irmãozinho...
Divulgando o filme
Nenhum comentário:
Postar um comentário