O
Regresso. Será Que Agora Vai Dar Para O Leozinho?
E finalmente estreou
nas nossas telonas “O Regresso”, o recordista de indicações ao Oscar desse ano.
Esse filme concorre a, nada mais, nada menos que doze estatuetas (melhor filme,
direção, ator, ator coadjuvante, fotografia, montagem, figurino, maquiagem,
mixagem de som, edição de som, efeitos visuais e produção), já ganhou três
Globos de Ouro (melhor filme de drama, ator e diretor) e é um filme cercado de
grande expectativa, pois pode finalmente render um Oscar de melhor ator a
Leonardo DiCaprio e, assim, reparar uma injustiça histórica. Dos atores de
carinha bonitinha de sua geração, que contém nomes como os de Brad Pitt e, mais
anteriormente, Tom Cruise, DiCaprio é o melhor, e não é à toa que a parceria
entre o ator e o diretor Martin Scorsese rendeu um caminhão de filmes. Já está
mais do que na hora de DiCaprio ganhar sua estatueta. E isso é o que é o mais
esperado na festa do dia 28 de fevereiro. Alejandro Iñárritu assina a direção e
vemos aqui uma trama baseada numa história real.
No que consiste “O
Regresso”? Vemos aqui o personagem Hugh Grass (interpretado por DiCaprio), um
caçador que vive numa região de fronteira no ano de 1820, e conduz um grupo de
militares americanos numa caça por lucrativas peles de animais. Mas o grupo foi
atacado por um grupo de índios da etnia Arikara. Os poucos sobreviventes
tiveram que fugir em virtude da perseguição dos índios. Grass vai ser atacado
por um urso e ficará seriamente ferido, o que vai comprometer a fuga do grupo. John
Fitzgerald (interpretado por Tom Hardy) vai propor que Grass seja morto pois,
além de atrapalhar a viagem, Grass está passando por um sofrimento
desnecessário. Foi decidido, então, que o filho de Grass, que era um menino de
origem indígena, um jovem caçador e Fitzgerald ficariam tomando conta de Grass,
mediante uma soma em dinheiro, enquanto o restante do grupo voltaria para o
forte onde estavam os outros militares para organizarem um resgate. Mas
Fitzgerald tinha planos de matar Grass e dizer que ele tinha morrido em virtude
dos ferimentos.
Esta é uma trama muito cativante,
pois nos exibe vários elementos da vida na fronteira dos Estados Unidos com o
Canadá no século XIX. Sabemos que, durante o século XVIII, ainda antes da
Independência dos Estados Unidos, houve a chamada Guerra dos Sete Anos, entre
colonos ingleses e franceses, pela disputa de peles de animais silvestres. Ao
que tudo indica, essa disputa se estendeu para o século XIX, pois víamos
inclusive colonos franceses ainda interessados por essas peles, assim como os
colonos americanos. E, ainda, tribos indígenas envolvidas nessas querelas. Aliás,
já que mencionamos os índios, num primeiro momento, pareceu que o elemento
indígena seria somente um inimigo sem rosto dos americanos, mas ao longo da
exibição da película, reparamos que as coisas não seriam bem assim e pudemos
presenciar várias etnias sendo citadas no filme, além de expor os motivos pelos
quais os Arikaras tinham tanta bronca dos americanos. O próprio protagonista,
Grass, teve um filho com uma índia.
E os atores? Será que
DiCaprio merece um Oscar? Bom, como ele foi seriamente ferido num ataque a um
urso, pode-se dizer que ele mais gritou, gemeu e grunhiu que teve falas.
Honestamente, a situação de seu personagem lhe deu poucas opções dramáticas.
Mas como o Oscar geralmente dá os seus prêmios em virtude de se obter boas
possibilidades de retorno financeiro e lucro para o futuro, eu creio que
DiCaprio dessa vez tem boas chances. Mas ele já pôde demonstrar seu talento de
forma mais completa em outras películas, indo desde sua atuação em “Titanic”,
passando pelas películas do Scorsese, e chegando até sua ótima atuação como J.
Edgar Hoover num filme dirigido por Clint Eastwood. Agora, a atuação de Tom
Hardy como John Fitzgerald foi para lá de primorosa. Seu personagem destilava
um preconceito e um ódio muito forte contra os índios. Mas o ator não ficou
somente nesse ranço demasiadamente óbvio. Fitzgerald era, também, um cara de
muita lábia e sabia dar argumentos convincentes para alcançar seus objetivos,
por mais escusos que fossem. Se Tom Hardy ganhar esse Oscar, será uma premiação
mais do que merecida. Confesso que estou torcendo por ele e por Mark Ruffalo em
“Spotlight”. Stallone em “Creed” a meu ver, tem cada vez menos chances. E nunca
é demais lembrar que ele já ganhou um Globo de Ouro, sendo isso um possível
indício de que ele não ganhará o Oscar. Mas vamos ver.
Agora, cá para nós, “O
Regresso” é uma boa película, mas não chega a ser sensacional como “Spotlight”,
“A Grande Aposta” ou “Trumbo”. Eu vou torcer mais pelo êxito dessas.
Assim, “O Regresso” é
mais um filme que concorre ao Oscar, sendo esse o centro das atenções por
concentrar o maior número de indicações e por estar cercado da expectativa de
DiCaprio ganhar a sua primeira estatueta de melhor ator, embora o maior
merecedor de uma estatueta ser Tom Hardy. Esperemos ansiosamente pelo dia 28 de
fevereiro. E, enquanto isso, dê uma chegadinha ao cinema para curtir essa nova
película, sempre não esquecendo de ver o trailer aqui depois das fotos.
Cartaz do Filme
Leonardo DiCaprio numa jornada épica pelo Oscar...
Tom Hardy arrebentou!!!
Gritos, gemidos e grunhidos excessivos...
Amor índio...
O verdadeiro Hugh Grass, à esquerda
O Globo de Ouro já foi. E o Oscar???
Making of...
Iñárritu e DiCaprio num bom filme (mas há melhores).
Na minha opinião, este foi um dos melhores filmes de ação que foi lançado. O ritmo é bom e consegue nos prender desde o princípio. O regresso e maravilhoso sua historia esta bem narrada y a trillha sonora e muito linda. Quando vi o filme me surpreendo a produção, é espetacular. Sou fã Tom Hardy ator, por que ele sempre surpreende com os seus papeis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções. Recomendo sua filmografia, tem incrível historias.
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