Sentimentos
que Curam. Hulk Maníaco-Depressivo.
Um interessante filme
chega até nós. A película “Sentimentos que Curam” (“Infinitely Polar Bear”), de
2014, dirigido e escrito por Maya Forbes, é estrelada pelo “Hulk” Mark Ruffalo
e pela “Uhura” Zoe Saldana. Esse filme, de apenas noventa minutos, é um divertido
drama, um pouco pesado em alguns momentos, mas engraçadíssimo em outros. Uma
história família que não é piegas, pois propõe uma coisa um pouco diferente.
Temos aqui a história
de Cameron (interpretado por Ruffalo) e Maggie (interpretada por Saldana), um
casal que se conheceu em plena década de 60. Cameron tinha um pequeno problema:
ele é um psicótico maníaco-depressivo. Mas tal característica não afastou
Maggie, pois, segundo ela, todos eram loucos naquela época. Os anos 60 passaram
e a doença de Cameron, não. Eles se casaram e tiveram duas filhas. Chega o ano
de 1978 e o relacionamento está à beira do colapso em virtude dos problemas
psicológicos de Cameron, que muito atrapalham. O marido não consegue ficar em
nenhum emprego e Maggie precisa bancar a casa. Depois de uma internação de
Cameron, o casal decide ainda viver junto para ver se dá para salvar o
relacionamento ou não. Mas Maggie vai precisar viajar para Nova York com o
objetivo de fazer uma pós-graduação. E, assim, por dezoito meses, Cameron terá
que executar a tarefa de criar as duas filhas.
O filme tem como foco
principal o relacionamento de Cameron com as filhas. Seu comportamento
totalmente errático e absurdo levava as meninas ao desespero, provocando
situações engraçadíssimas. Pode-se dizer que Mark Ruffalo arrasou nesse filme,
pois seu personagem exigia alterações súbitas de comportamento e sempre de
forma muito intensa. Num momento, ele poderia estar em depressão. Daí a um
segundo, estar violento. Mais um momento e ele tentava ser excessivamente
prestativo. E as filhas dando um esporro atrás do outro nele, que retrucava
como uma criança. Esses pequenos conflitos familiares valem o ingresso.
O filme também mostra a
mentalidade da década de 70, onde a mulher bancar a casa trabalhando fora e o
marido fazer as vezes de dono de casa era considerado uma aberração. Se até
hoje, há um preconceito com relação a isso, imagine há 37 anos. E isso fica
marcado no filme, despertando mais angústias em nosso papai tresloucado.
O único desconforto na
história foi o seu repentino desfecho. Ficou um gosto de quero mais, dando a
impressão de que a película acabou antes da hora, sinal de que o filme estava
muito bom. Ou então a impressão de que o final deveria estar ali mesmo, já que
buscar um desfecho mais elaborado para o personagem de Ruffalo poderia parecer
algo mais falso.
Dessa forma,
“Sentimentos que Curam” é um filme muito intenso em suas emoções. Ele pode
despertar sonoras gargalhadas, indo até às lágrimas ou à perplexidade total. Os
problemas psicológicos de Cameron dão um tom de tragicomédia à história sem
esquecer que o inusitado nos pega de surpresa quase que a toda hora. E Mark
Ruffalo provou que não é somente um monstro verde ou o carinha de comédias
românticas. Aliás, Ruffalo já tinha provado seu talento em “Foxcatcher”. Mas
aqui em “Sentimentos que Curam” ele pôde mostrar mais de seu talento, já que
foi o protagonista e seu personagem é carregado do inusitado. Vale a pena dar
uma conferida.
Cartaz do filme.
Cameron, superzureta...
Com a esposa, Maggie. Um casal de altos e baixos...
Relacionamento inusitado com as filhas...
Comprando novo carro velho...
Tomando esporro das filhas...
Qual será o destino dessa família???
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