Rainha
E País. Soldadinhos De Chumbo.
Mais um filme inglês em
nossas telas. “Rainha e País” é uma continuação do filme “Esperança e Glória”,
que falava da vida de dois meninos durante os ataques nazistas à Inglaterra na
Segunda Guerra Mundial. Anos depois, um desses meninos é adulto e foi convocado
pelo exército inglês para servir por dois anos, já que a Inglaterra está
envolvida na Guerra da Coreia, juntamente com os Estados Unidos. A ideia parece
muito boa. Mas...
O que o filme se torna
a partir de então? Vemos uma turma de soldados que toma a indisciplina como
bandeira e torna-se uma espécie de esporte zoar seus superiores de todas as
formas possíveis. A realidade brutal da guerra está bem longe e a vida na
caserna parece uma grande diversão juvenil. Não que não haja casos de
indisciplina no meio militar, mas aqui a coisa pareceu um pouco forçada e
exagerada. Parecia mais uma escola pública brasileira do que o exército inglês.
E aí o filme mais pareceu um rosário de sacanagens e zoações que, a partir de
um momento, começaram a cansar. Pelo menos, a trama mostrou um pouco mais. O
protagonista, um dos garotos de “Esperança e Glória”, o agora soldado Rohan
(interpretado por Callum Turner), se apaixona por uma bela moça que ele passou
a chamar de Ophelia (interpretada pela deslumbrante Tamsin Egerton,
definitivamente o melhor do filme) e que vive um dilema. Ela vai se casar com
um professor mais velho que ela, de quem não gosta, mas por quem sente uma
atração sexual irresistível, deixando o nosso “bonzinho” Roham chupando o dedo
(só para variar), dando à história um tonzinho de drama, que logo será
esquecido pelo nosso Roham, que cai nos braços de uma enfermeira. No mais, é
interessante notar que as brincadeiras de mau gosto e zoações contra os
superiores recairão de forma negativa entre os próprios soldados, quando as
ameaças de punições e cortes marciais vão provocar traições e desentendimentos.
Esse, talvez, tenha sido o ponto alto do filme.
No mais, a sucessão de
molecagens pareceu muito artificial e falsa para o meio onde eram praticadas. E
algumas dessas molecagens custaram caro para algumas pessoas, o que só tornou a
coisa mais antipática, embora não menos reflexiva. O horror da Guerra da Coreia?
Só foi lembrado num rápido momento ao final da película, que soou como um
melancólico anticlímax. Infelizmente, a coisa não deu muito certo.
Cartaz do filme
Rohan, agora no exército.
Dois amigos que arrumam muita confusão
Um sargento sempre zoado
Ophelia, o melhor do filme
Um relacionamento conflituoso.
Família assistindo à coroação da Rainha.
Pausa na caserna para um bailinho...
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