Perfeita É A Mãe. Mamães Engraçadinhas.
Uma comediazinha meio xarope em nossas telonas. “Perfeita
é a Mãe” (“Bad Moms”) é um daqueles filmes que não acrescenta nada a sua vida e
é um entretenimento puro, com o único objetivo de fazer rir. E podemos dizer
que a película não conseguiu esse objetivo, sendo apenas razoavelmente engraçadinha.
Vemos aqui a história de Amy (interpretada por Mila
Kunis), uma mãe de família que tem muitas tarefas para cumprir e que não tem
seu valor reconhecido pelo marido, filhos e patrão. Apesar de sempre atender a
todos e não deixar faltar nada, todos a criticam. Até que um dia ela
simplesmente perde a paciência e resolve deixar tudo de lado, sendo acompanhada
por uma mãe displicente e muito tarada, Carla (interpretada por Kathryn Hahn) e
uma mãe que é um verdadeiro cordeirinho para o marido e os filhos, Kiki
(interpretada por Kristen Bell). O comportamento singular desse divertido trio
vai deixar a presidente da associação das mães da escola, Gwendolyn (interpretada
por Cristina Applegate), muito incomodada e ela vai fazer de tudo para prejudicar
Amy e sua filha, que quer ser a titular do time de futebol da escola. Para
acabar com as maldades de Gwendolyn, Amy vai se candidatar à presidência da associação
de mães.
Esse fio narrativo é apenas o pretexto para vermos
as mamães em noitadas, bebedeiras, namoricos, idas ao cinema, esporros nos
maridos opressores, ou seja, tudo aquilo que as “belas, recatadas e do lar” (já
ouvi isso antes) não podiam fazer, sendo esses atos uma manifestação de
liberdade das matronas. Talvez a personagem mais engraçada seja Carla, que, por
todas as suas taras, encabeçava todas as piadas de apelo sexual, o que pode
muito agredir a cultura puritana e anglo-saxã estadunidense, mas que aqui não passa
de piadas de salão ou as antigas “Anedotas do Pasquim”. Sei lá, fica uma baita impressão
de que, quando presenciamos essas piadas no filme, revemos aquelas antigas
pornochanchadas brasileiras da década de 70. Ou seja, tal tipo de humor mais
chulo e escrachado não é uma novidade para a nossa cultura e nem nos choca muito.
A personagem Kiki, com uma tremenda cara de café-com-leite e muita lerdeza
também despertou alguns risinhos. Mas foi muito pouco para um filme que
pretende ser comédia. Pelo menos, ficou uma mensagem: a de que é impossível ser
uma mãe totalmente perfeita e que todo mundo erra, como já é dito há muito
tempo naquele samba ancestral. E o lance mais interessante ficou nas cenas
pós-créditos: as mães das atrizes principais da película foram entrevistadas
nas presenças das filhas, o que foi realmente o momento mais doce de todo o
filme que, se não foi lá essas coisas, pelo menos nos brindou com essa gostosa
sequência final.
Assim, “Perfeita é a Mãe” não é um super filme,
sendo algo mais destinado ao entretenimento, mas com uma cara de comédia
engraçadinha e só. O que salva a película é justamente a sequência
pós-créditos, ou seja, do filme em si não se salva muita coisa. E não deixe de
ver o trailer após as fotos.
Cartaz do Filme
Amy faz tudo para todo mundo
Carla é taradona...
Kiki é lerdinha...
Juntas, as três vão tocar o terror...
Organizando muitas bebedeiras...
Idas ao cinema...
E namoricos...
Mas Gwendolyn não vai deixar nossas mães maluquinhas em paz...
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