A
Intrometida. Mamãe Coruja.
Susan Sarandon está de
volta. E ela protagoniza uma película um tanto trivial, mas com uma atuação
adorável que vale o ingresso. “A Intrometida” é um filme que não tem nada
demais e explora um clichê manjadíssimo: o da mamãe coruja. Mas a coisa é feita
de uma forma muito engraçadinha e fofinha, onde a consagrada atriz arrebata
nossos corações. Como se não bastasse a excelente atuação de Sarandon, ainda
temos de brinde uma também excelente atuação de J. K. Simmons, que fará par
romântico com a atriz.
Vemos aqui a história
de Marnie (interpretada por Sarandon), uma mulher de meia idade que perdeu o
marido e que lida com as neuroses da filha Lori (interpretada por Rose Byrne),
atormentada pela perda do pai e do namorado. O, digamos, excesso de zelo de
Marnie para com Lori sufoca a filha que tenta, delicadamente, se desvencilhar
de todas as investidas da mãe, que dispõe de muito tempo livre e dinheiro. Chegará
uma hora em que Lori conseguirá fazer uma viagem a trabalho para Nova York (as
duas vivem em Los Angeles) e ficará um tempo afastada da mãe, que passa a se
aproximar das amigas de Lori e de um funcionário de uma loja de telefones
celulares, sendo altamente generosa e mão aberta com eles. Mas ela acaba
conhecendo Zipper (interpretado por Simmons), um ex-policial que faz figuração
num filme da qual Marnie acidentalmente participou. Assim, vamos vendo o dia a
dia de Marnie com essas suas amizades enquanto a filha está mais afastada.
Realmente é um daqueles
filmes que não suscita reflexões mais profundas, a não ser pelo fato de que
Marnie e Lori estão muito fragilizadas pela perda do marido e pai. Marnie não
sabe o que fazer com seu tempo ocioso e excesso de dinheiro, e Lori sente uma
falta enorme de seu pai. Marnie transparece um pouco menos seu sentimento de perda,
mas isso também fica claro quando ela fica totalmente retraída com as
investidas masculinas, justamente ela que é altamente expansiva e extrovertida
com as pessoas. A graça do filme está na forma como essas duas personagens vão
se comportar com esses sentimentos de perda e com as interações com as pessoas
que as cercam.
O filme tem realmente
como atração principal Sarandon, que está mais deslumbrante do que nunca,
estando melhor até do que quando era mais jovem (e quem a viu em “Fome de Viver”
lá no longínquo ano de 1983 sabe como ela era bonita em seus anos de juventude).
Sua meiguice e doçura de mãe coruja conseguiam também ser muito engraçadas, o
que nos despontava risadas e dó da personagem que cativava instantaneamente
nossos corações. Já Simmons conseguiu fazer um estereótipo de personagem durão,
mas isso era somente por fora, pois ele era um cara extremamente delicado e
cortês, tendo uma lábia tão boa que ele era capaz de conquistar o coração de
Marnie usando... galinhas. Foi um deleite ver os dois atuando juntos e é isso
que faz você ir ao cinema ver esse filme quando você ver o trailer.
Dessa forma, “A Intrometida”,
se não é um filme que mostra algo de muito novo e trabalha um clichê já muito
manjado, nos premia com as ótimas atuações de Susan Sarandon e J. K. Simmons,
que fizeram um par romântico de ótima química e que vale a pena o ingresso. Um
programinha gostoso para distrair a cabeça e sair com a mente levinha da sala.
Vale a pena dar uma conferida. E não deixe de ver o trailer após as fotos.
Cartaz do Filme
Marnie, Uma mamãe coruja muito presente...
Para o desespero da filha Lori...
Com muito tempo ocioso...
Fazendo amizades até com o vendedor de IPhone
Zipper. Cara de durão, mas muito cortês...
Conquistando Marnie com galinhas...
No fundo, no fundo, uma depende da outra...
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