Rio
2. Mas É Na Amazônia.
Uma animação fofinha,
simpática às coisas de nosso país. Essa é a impressão que temos de “Rio 2”,
filme de Carlos Saldanha, que tem o mérito de mostrar de forma positiva
elementos da nossa cultura. Esse é um dos poucos casos em que um filme dublado
acaba ficando melhor do que a versão original, pois como é um filme de gringos
(e brasileiros, é claro!) falando de nós, a versão em português nos soa bem
familiar!
Vemos aqui a historinha
do casal de ararinhas azuis Blue e Jade (espécie quase extinta), que tem três filhotes
e vive confortavelmente na casa dos donos de Blue, no Rio de Janeiro, que são
um casal que estuda pássaros e milita pela defesa de espécies em extinção. O
casal que tem Blue como animal de estimação está na Amazônia e diz, através da
TV, ter visto mais ararinhas azuis na floresta. Isso estimula Blue e Jade a
viajar para a Amazônia com seus amigos emplumados, onde temos um canário, um
tucano e mais outro pássaro. A viagem a voo de nossos pássaros é de 3200 km, e
passa por Ouro Preto, Salvador, Brasília, Chapada Diamantina, mostrando mais um
pouco de nosso país. Na Floresta Amazônica, eles encontram uma “tribo” de
ararinhas azuis cujo líder é Eduardo, o pai de Jade, que não gosta dos hábitos
urbanos e humanos de Blue, como usar uma pochete. Tudo estaria na maior paz não
fosse a ação de um madeireiro que quer destruir a floresta e assim acabar com o
habitat das ararinhas azuis, assim
como a presença da cacatua macho Nigel, inimigo de Blue e que quer matá-lo com
o veneno de uma perereca que é apaixonada pela cacatua. Nigel e a inusitada
perereca rosa (sem qualquer conotação sexual, fique bem claro!) têm a ajuda do
tamanduá Carlitos, louco por comer formigas com o seu linguão. Assim, Blue terá
a tripla missão de enfrentar Nigel, salvar a floresta e convencer Eduardo de
que é um bom marido e genro. “Rio 2” é uma historinha divertida, com números
musicais e que tem o grande mérito de mostrar a importância da preservação da
Amazônia e das espécies em extinção para as futuras gerações, assim como o
fazem os três filmes da indiazinha Tainá. O momento mais divertido do filme é,
sem dúvida, o desafio entre as ararinhas azuis e as araras vermelhas por território
e comida, onde esse desafio anunciado em tons de guerra, é uma partida de
futebol aérea entre as araras, com direito a locutor esportivo na pele de
uma... anta! Para um americano, a piada é inexistente. Mas, para um brasileiro,
as gargalhadas são imediatas, pois a alusão a alguns de nossos locutores
esportivos se faz de forma cristalina. Muito engraçado, também, é ver os
animais da floresta fazendo números de canto e dança para os “pássaros
empresários” amigos de Blue e Jade, com direito a duas tartarugas jogando
capoeira em super slow...
Assim, se você quer
voltar a ser criança por uma hora e meia, duas horas, vale a pena dar uma
conferida neste desenho que fala de nossas coisas de uma forma bem simpática,
embora não se esqueça dos problemas do desmatamento e da necessidade de
preservação de nossas espécies em extinção.
Rivais.
Pai e Filha.
Os donos de Blue
Blue e Jade
Nigel e sua perereca
rosa.
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