Belém,
Zona De Conflito. Demonização De Palestinos.
Filme de visões
políticas altamente tendenciosas. Essa é a melhor impressão de “Belém, Zona de
Conflito”. Essa produção israelense irá demonizar totalmente a sociedade
palestina, atribuindo o máximo de defeitos possíveis ao povo inimigo, numa
violenta distorção.
O filme aborda o tema
de agentes palestinos infiltrados a trabalho do Serviço Secreto Israelense, um
tema em si já muito espinhoso. O agente de origem palestina Razi (interpretado
por Tsahi Halevi) mantém contato com o jovem palestino Sanfur (interpretado por
Shadi Mar’i), que é irmão de um terrorista da Brigada dos Mártires de Al-Aqsa,
Ibrahim e que irá cometer um atentado. Assim, o Serviço Secreto Israelense caça
esse terrorista com base nas informações de Sanfur, que mantém uma relação
conflituosa com Razi. O filme insinua outras questões extremamente sérias como
os conflitos entre o Hamas e a Brigada dos Mártires de Al-Aqsa e a ajuda da
Autoridade Nacional Palestina a terroristas. Os palestinos são retratados de
forma extremamente negativa no filme, sendo violentos, divididos, preconceituosos
com judeus e com beduínos, machistas, insidiosos, ou seja, ninguém presta.
Obviamente, nenhuma alusão ao terrorismo de Estado de Israel ou às bombas de
fósforo usadas contra os palestinos que violam as convenções de Genebra.
Massacre de civis palestinos com ataques aéreos israelenses? Nem de perto
passam nessa película altamente tendenciosa.
Ibrahim será morto numa
ação do exército israelense e vemos aí Sanfur espremido entre três forças: o
colaboracionismo a Razi, o Hamas e o grupo de beduínos da Brigada dos Mártires
de Al-Aqsa, vistos com preconceito pelos palestinos. Ao ter o seu
colaboracionismo descoberto, Sanfur se verá obrigado a assassinar Razi para
reparar seu erro perante seus companheiros da Al-Aqsa. E aí, fica a questão de
se Sanfur matará Razi ou não.
Vemos como esse filme
aborda questões extremamente complicadas, mas o que mais incomoda é o
preconceito a palestinos muito carregado nas tintas. Apesar de ser uma produção
israelense, creio que a visão extremamente tendenciosa poderia ser um pouco
melhor disfarçada. Extremos típicos de regiões em estado de guerra. Filme de
propaganda típico. Lamentável...
Cartaz do Filme
Razi e Sanfur
Palestinos como animais selvagens e terroristas
Violência alimentada
desde a infância e adolescência
Pai de Sanfur
descobrindo seu colaboracionismo.
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