O
Espetacular Homem Aranha 2. Teias De Dilemas.
A Marvel lançou a
sequência da nova leitura de “Homem Aranha”. E a continuação foi melhor
novamente, derrubando cada vez mais a ideia de que o primeiro filme de uma
sequência sempre é o melhor. Dessa vez, o Homem Aranha (Andrew Garfield)
enfrenta o terrível Electro (interpretado pelo ótimo Jamie Foxx), num filme de
super-herói típico, com grandes cenas de ação e todos os efeitos especiais
possíveis e disponíveis.
Mas o que faz o filme
ser tão especial? Em primeiro lugar, o elenco. Andrew Garfield melhorou sua
atuação do primeiro filme para cá. Confesso que no primeiro filme não gostei
muito dele até por causa do costume com o Tobey Maguire. Mas ele já espelhava
no primeiro filme um Homem Aranha mais brincalhão, como é o personagem
original. O detalhe aqui é que Peter Parker e o Homem Aranha passarão por
muitos dilemas que vão exigir uma interpretação também mais dramática de
Garfield que, se não é algo marcante, também não deixa a desejar. Sally Field,
a tia May, altamente protetora e que não quer revelar o passado do pai de
Peter, é outra escolha excelente para o elenco. Jamie Foxx, irrepreensível,
convence, e muito, na pele do inseguro Max Dillon e no perverso Electro, dois
personagens de índoles diametralmente opostas, embora ainda haja algo de Dillon
em Electro. E Foxx sabe trabalhar isso muito bem. Emma Stone, na pele de Gwen,
a mocinha decidida, engraçada e frágil, uma atriz que já mostrou seu valor em
filmes muito bons como em “Histórias Cruzadas”, também se destaca. O pai de
Harry Osborn, Norman, foi interpretado por um ator que é muito talentoso, Chris
Cooper. Já o ator que interpretou Harry, Dany DeHaan, é que pareceu o mais
fraquinho de todos. A grata surpresa ficou por conta do ótimo ator Paul Giamatti,
que interpreta o personagem de Aleksei Sytsevich, e que nos brindará com sua
presença nos próximos filmes, já dando uma canja neste aqui.
Os dilemas dos
personagens são outro elemento digno de atenção. O primeiro dilema está em
Peter, que vê o pai de Gwen o tempo todo exigindo que ele se afaste da filha
para que ela não corra perigo, já que o Homem Aranha fará muitos inimigos. Isso
abalará a relação entre os dois e inclusive terminarão o namoro. Mas os dois
continuarão em contato, e isso levará a um desfecho não muito convencional em
filmes de ação, que muito contribuiu para a carga dramática do filme. A
insegurança de Max Dillon é outro dilema. Vemos que sua timidez e retração
empurram Max para o mal-entendido e para a vilania. É muito lamentável ver o Aranha
se esforçando para convencer Dillon de que ele não o havia traído sem sucesso,
pois a insegurança, associada a alguns milhares de volts, cegam nosso Electro,
que se volta totalmente para o lado do mal. Outro dilema do Homem Aranha é doar
ou não seu sangue a seu amigo Harry Osborn, que sofre de uma doença terminal e
que precisa do sangue de Peter que sofreu a picada da aranha radioativa das
antigas experiências de seu pai. Mas Peter não quer fazer isso, pois não se
sabe se isso dará certo ou, até pior, se despertará alguma reação mais
violenta, como de fato ocorreu (Harry se tornou o Duende Verde depois de
encontrar no prédio de sua empresa veneno das aranhas radioativas). Todos esses
dilemas pessoais servirão como alicerces para os conflitos e as cenas de ação,
que não existiriam sem eles.
No mais, fica aqui a
curiosidade de o Electro ser detido por um fluxo de água (mas água não ajuda a
conduzir eletricidade?), quando o aracnídeo usa a mangueira (e o chapéu!) do
corpo de bombeiros de Nova York, agradecendo a ajuda deles, numa clara
homenagem aos bombeiros do 11 de setembro. Outra alusão ao atentado está na
presença destacada na paisagem do filme da já primeira das novas torres gêmeas.
Por fim, confesso que,
depois de tanta eletricidade, estou com medo de chegar perto de meu chuveiro
que, volta e meia, fica com cheiro de queimado. Brincadeiras à parte, o segundo
filme da nova franquia melhora a história e traz novas e boas perspectivas com
o sexteto sinistro.
Cartaz do Filme.
O super-herói mais
querido de Nova York de volta!!!
Electro. Provocador de
blecautes.
Chris Cooper. Um ótimo
Norman Osborn.
Um Homem Aranha bem
mais amigo da vizinhança.
O “bombeiro” aranha.
Harry. Só ficou mais
expressivo com maquiagem verde...
Stan Lee de novo na
área!!!
Sally Field. Uma boa
Tia May.
Paul Giamatti. Boa
escolha para Rino.
Quando é que esse
camarada aí terá um bom filme???
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