Capitão
América 2, O Soldado Invernal. A Ressurreição Da Hidra.
Quando falamos de
continuações no cinema, quase sempre é uma regra geral as sequências não
causarem tanto impacto quanto os primeiros filmes. Não é o caso aqui. Se
“Capitão América 2, O Soldado Invernal” não foi melhor que o primeiro, ainda
assim teve o mesmo nível de qualidade, sendo uma sequência à altura. Vamos
estabelecer umas breves reflexões sobre mais essa produção da Marvel.
Depois que o nosso
capitão Steve Rogers (interpretado por Chris Evans) sai de sua congelante
hibernação de décadas e deu a sua contribuição nos “Vingadores”, ele continua
prestando seus serviços para a organização de defesa SHIELD, ajudando numa
operação secreta de resgate de um navio da organização que foi sequestrado. O
que ele não sabe é que a Viúva Negra (nossa “Samanta” Scarlett Johansson) tinha
uma missão secreta de resgatar um pen drive todo estiloso no barco sequestrado.
O conteúdo deste pen drive permanece um mistério, e Rogers fica danado da vida com
tantos segredos. Ele irá até Nick Fury (o “shark attack” Samuel Jackson) e
descobre que a SHIELD constrói vários porta aviões voadores que atuam como
armas de precisão, acertando alvos humanos pré-estabelecidos. Rogers critica
abertamente tal arma, numa clara alusão a atual politica norte-americana de
segurança que “atira primeiro para perguntar depois”, tolhendo, inclusive, a
liberdade e privacidade de todas as pessoas. Fury mais tarde sofrerá um
atentado e uma perseguição, se escondendo na casa de Rogers e sendo alvejado
por um misterioso assassino profissional. Apesar dos esforços dos médicos, Fury
morre (será?) e Rogers é interpelado por Alexander Peirce (interpretado por
ninguém mais, ninguém menos que Robert Redford, uma boa escolha!), do alto
comando da SHIELD, que suspeita que nosso herói tenha tido alguma participação
no assassinato de Fury. Na verdade, esse interrogatório foi uma armadilha para
capturar Rogers, que conseguiu fugir de seus próprios comandados. Com a ajuda
da Viúva Negra e seu amigo Falcon (interpretado por Anthony Mackie, que tem
umas asas mecânicas iradíssimas!!!), Rogers descobre o conteúdo do pen drive
acessando-o nos computadores das antigas instalações da SHIELD na Segunda
Guerra (sim, havia saídas USB, junto com monitores de fósforo verde!!!). Esse
conteúdo tem a mente do cientista alemão Dr. Zola (interpretado por Toby
Jones), um antigo cientista da organização nazista científica independente
HIDRA capturado pela SHIELD. Ao conversar com a mente maligna presa nos antigos
computadores e monitores de fósforo verde, Rogers descobre que a organização
HIDRA se infiltrou na SHIELD, praticando às escondidas todos os tipos de
conflitos do pós 2ª Guerra Mundial, numa tentativa de se fazer um reboot do mundo e criar uma nova ordem,
nem que isso custasse a vida de milhões de pessoas, algo bem sintonizado com a
ideologia nazista.
Aqui nós devemos fazer
uma pausa, pois chegamos ao melhor do filme. A infiltração da HIDRA na SHIELD
foi a melhor sacação da história, pois é uma crítica velada, mas ainda assim
muito contundente, à política de segurança americana contemporânea. Fica claro
na trama que todas as arbitrariedades realizadas pela SHIELD na busca por mais
segurança, tal como vemos na real política de segurança americana de hoje, são
ações da HIDRA infiltradas, uma organização nazista dentro de uma organização
de segurança americana. Assim, fica implícita a crítica ao caráter
antidemocrático e fascista da segurança americana de hoje.
Mas continuemos. Outro
elemento digno de atenção é a presença do “soldado invernal” que, na história
de quadrinhos original, era um antigo companheiro do Capitão América
sequestrado pelos soviéticos e transformado num assassino profissional (notar a
estrelinha vermelha no ombro de sua armadura). Pois é. Como não há mais União
Soviética, ele foi capturado pela HIDRA para se tornar assassino profissional
dessa organização. No filme, nosso soldado invernal é o que atira em Fury e é
Bucky Barnes (interpretado por Sam Sebastian), o amigo de Rogers que caiu do
trem num precipício gelado no primeiro filme. E, obviamente, Rogers não vai
querer agredir seu amiguinho Bucky, tomando muita porrada por causa disso (embora
ele dê uns cascudos também). O problema é que Bucky não se lembra direito de
seu passado, tendo apenas vagos lampejos de memória, num prato cheio para uma
continuação, embora o Capitão América já esteja confirmado na sequência de
“Avengers”. A Marvel tem fila para fazer seus filmes.
Vale ainda dizer aqui
que, além de uma boa história, a sequência de “Capitão América” se distancia um
pouco das historinhas convencionais de super-heróis e se aproxima mais de
filmes de ação e espionagem, com direito a muitas cenas de tiroteios e créditos
finais dignos de filmes de James Bond, como se presenciássemos uma pequena
compilação de gêneros. Mas ainda assim, é um filme da Marvel, com direito a
sequências pós-créditos, a tradicional ponta do Stan Lee e os efeitos especiais
de sempre, com a presença do 3D subutilizado de hoje em dia (o atual 3D só foi
utilizado de forma bem original em “A Invenção de Hugo Cabret”, do Scorsese).
Dessa
forma, “Capitão América 2, O Soldado Invernal” é um filme da Marvel que vale a
pena e prima por ter uma boa história, um bom elenco e uma crítica velada, mas
contundente, ao atual establishment
americano.
Steve
Rogers de volta.
Com
o Soldado Invernal e a Viúva Negra.
No
início, uma identidade secreta.
Robert
Redford, dando mais credibilidade ao trabalho da Marvel.
Nick
Fury. Morreu mesmo???
Uma
Viúva Negra muito boazuda!!!
Falcon,
o amigo do Capitão América e suas asonas.
Achei que fosse rolar um affair entre ele e a Viúva, mesmo tendo aparecido a agente Carter que nos quadrinhos fou a namoradinha da atualidade di Capitão, mas acabou ficando naquela bricandeirinha mesmo. Isso não foi o mais importante do filme; entre vários destaques eu aponto a aparição do Falcão, ele praticamente se torna um novo parceiro do América auxiliando nas ações aéreas. Falcão é um dos mais novos membros dos Vingadores.
ResponderExcluirO segundo e preferido filme Capitão América que eu gosto. O desempenho da atriz Scarlett Johansoon este pelícuñla e película Lucy são dois em que eu gosto de ver o seu desempenho. Uma boa fita para fazer com a família.
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