Brigitte Helm, A Deusa Eterna De Yoshiwara!!!

Brigitte Helm, A Deusa Eterna De Yoshiwara!!!
Brigitte Helm, A Deusa Eterna De Yoshiwara!!!

sábado, 30 de abril de 2016

Resenha de Filme - Guerra nas Estrelas, Episódio VII (Sexta Parte)

Continuemos nossas elucubrações sobre o Episódio VII. Uma personagem nova e interessante que surgiu nesse filme foi Phasma. Alguns fãs (leia-se os podcrastinadores do Abacaxi Voador) acharam que a personagem foi subaproveitada. Pode até ser. Entretanto, o fato de uma mulher ser stormtrooper, assim como os protagonistas principais serem uma mulher (Rey) e um negro (Finn), mostram os novos tempos de como grupos sociais outrora marginalizados agora merecem mais destaque, ao invés do óbvio WASP loirinho de olhos azuis que era Luke Skywalker lá na década de 70. Esperemos que Phasma tenha mais destaque nos próximos episódios, pois sua presença é uma ótima ideia. Há quem diga que não dá para se usar todas as ideias num só filme, já que temos uma trilogia pela frente. Vamos aguardar.
Eu disse que deixaria mais para o final uma discussão que o papel do olhar tem nesse filme. Pois bem, essa foi a melhor coisa da película em termos cinematográficos, na minha modestíssima opinião. A comunicação de alguns personagens pelo olhar, sem o uso de palavras. Um verdadeiro discurso implícito no olhar, uma herança do cinema mudo num blockbuster de 2015! Há vários tipos de olhar no filme. Temos o caso do general Hux, que discursa olhando mais para o infinito do que para seus stormtroopers subordinados, numa mostra de que está totalmente embriagado pelo poder, pelo ódio e pela autoconfiança, cujo olhar anula o indivíduo existente na massa de subordinados e transforma os soldados em meras engrenagens de uma estrutura coletiva que assegura o poder da Primeira Ordem.
Mas existem outras situações mais profundas do olhar. Podemos pensar no caso de Rey. Já vimos o passado da moça, sendo abandonada, ainda menininha, em Jakku. Quando ela está na Millenium Falcon com Solo e fica intrigada com todo o verde do planeta do sistema Illenium onde está a cantina de Mas Kanata, Solo a olha com pesar, como se ele tivesse alguma parcela de culpa no abandono da moça em Jakku. Numa outra passagem do filme, ele olha para ela com orgulho quando a vê escalando o gigantesco fosso da Starkiller. E dá olhares intrigados quando a moça dá mostras de que sabe de tudo da Millenium Falcon. O mesmo acontece com a troca de olhares afetuosos entre Rey e Leia, além do grande abraço que elas dão uma na outra. Todo aquele carinho deixa evidente que há um passado implícito entre elas. Mãe e filha? Eu acredito muito nisso. Mas...
Agora, a grande presença do olhar no filme está justamente em seu desfecho, quando Rey encontra Luke Skywalker. Eu posso ver essa sequência final mil vezes no cinema e não me cansarei! Ali, o cinema está em estado puro, somente na materialidade das imagens dizendo tudo para nós! É um momento que leva às lágrimas! Rey subindo a montanha na ilha, num cenário ancestral. O encontro com Luke. O olhar intrigado do cavaleiro jedi, que preferiu o autoexílio a levar adiante a Ordem dos Cavaleiros, em direção à moça. A menina que mostra ao mestre o sabre de luz, com um olhar que implora por sua ajuda. A constatação, por parte do velho Cavaleiro, de que a responsabilidade novamente o chama. Tudo isso sem um diálogo sequer! Um momento desse vale mais do que um milhão de CGIs!!! E eu sobrevivi para ver isso em “Guerra nas Estrelas”, concebida inicialmente como uma fantasia espacial para o público infantil. É por essas e por outras que essa história tem tantos fãs de todas as idades no mundo inteiro. A sequência final do Episódio VII é uma mostra de que há um amadurecimento, há um desenvolvimento na saga.  E aí, “Guerra nas Estrelas” passa a ser muito mais do que sua proposta inicial. É muito legal ver tudo isso acontecendo.
Só ficou uma dúvida nessa cena final. Por que o Luke tinha aquela mão mecânica horrorosa, se em “O Império Contra Ataca”, sua mão mecânica era praticamente uma réplica de uma mão original? Num filme com tantas alusões a episódios antigos, vai haver um furo logo com um personagem tão importante? Ou será que essa nova mão mecânica do Luke em estilo retrô vai ter uma explicação nos próximos episódios?

No próximo artigo (o nosso último, ufa!), falaremos das perspectivas para o Episódio VIII. Até lá!

Phasma, uma ideia subaproveitada...

Phasma foi interpretada pela atriz Gwendoline Christie

General Hux. Olhar com ódio que anula o indivíduo

Leia. Olhar afetuoso para Rey...

Grande momento do filme. Luke Skywalker e sua constatação de que a responsabilidade o chama. Cinema em estado puro!!!





Nenhum comentário:

Postar um comentário