007,
Spectre. Repetindo Uma Fórmula De Sucesso.
E temos o novo “James
Bond” na área. “007, Spectre”, dirigido por Sam Mendes, repete a fórmula de
sucesso do último filme do espião mais famoso do cinema, “Skyfall”. Naquela ocasião,
para comemorar os cinquenta anos da franquia, o bom e velho carrão Aston Martin
estava de volta, numa referência direta aos filmes do passado, onde Sean
Connery fazia as vezes do espião. Muita gente diz que Connery foi o melhor
James Bond. Por isso, sempre é um desafio para um novo ator fazer o personagem.
Para Daniel Craig, o atual 007, não foi diferente. No primeiro filme, parecia
mais um brucutu, mas foi se azeitando com o tempo. “Skyfall” realmente foi seu
auge.
E “Spectre”? Quando
digo que ele repetiu a fórmula de sucesso, foi com relação a retomar alguma coisa
dos filmes mais antigos. Se o Aston Martin retornou em “Skyfall” e deu o ar de
sua graça novamente em “Spectre”, temos no último filme o retorno da organização
criminosa contra quem Sean Connery lutava. Lá no passado, o líder da Spectre apareceu
em mais de um filme, mas nunca seu rosto. Apenas víamos um felpudo gatinho
branco sendo acariciado pelo chefão. E, quando o chefão da “Spectre” apareceu
em “Com 007 só se Vive Duas Vezes” (1967), o cara tinha uma tremenda cicatriz
feia na cara. Pois é. Na versão de 2015, esses elementos que remetem aos
primeiros anos de 007 estão todos de volta, dando ao fã mais antigo do espião
um traço de legitimidade e credibilidade.
O elenco do filme
também é de se tirar o chapéu. Além de Ralph Fiennes, o novo M, temos a presença
da estonteante Léa Seydoux como a “Bond Girl” e o deliciosamente cínico
Christopher Waltz como o chefão da “Spectre”. Isso sem falar de uma rápida aparição
de Monica Bellucci. Com um elenco desse naipe, esse também é um daqueles filmes
em que a gente vai para o cinema para ver seu ator predileto e todo o seu
talento.
No mais, todos os
elementos de um filme tradicional de James Bond. Uma história que se passa em
vários lugares do mundo, dando aquele quê meio exótico que os filmes mais eurocêntricos
têm, mulherões deslumbrantes, muitas cenas de ação, carrões cheios de
artimanhas, aquele reloginho que sempre explode (e era um Ômega, meu Deus do
céu!) e, melhor de tudo, a Moneypenny, que continuou com aqueles flertes
levinhos de anos pretéritos.
Só achei a película um
pouco mais fraca que “Skyfall”. Em termos de vilões, Waltz estava espetacular,
mas não apareceu tanto como Javier Bardem apareceu em “Skyfall”. E nossa
querida Judi Dench ainda fazia parte do elenco no último filme. Ela sempre faz
falta.
De qualquer forma, “007,
Spectre” é um filmaço e vale a pena ser visto. O cuidado com a produção, com a
escolha do elenco, cheio de medalhões consagrados, a melhora de Daniel Craig no
papel de protagonista, aquelas cenas de ação e de humor sutil são todos
elementos que ratificam um bom “filme do 007”. E esses elementos estão todos lá
novamente. Mais um DVD que se terá que comprar no futuro.
Cartaz do filme
O Aston Martin
... e o carrão mais moderno...
Waltz e Bellucci na área
Léa Seydoux, uma deslumbrante "Bond Girl"
Referência aos filmes antigos,..
Um bom elenco...
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