Godzilla.
Desta Vez, Gojira Defende Os Humanos.
Um reboot do lagartixão japonês na área. O novo “Godzilla”, um dos
monstros mais tradicionais da cultura japonesa, reaparece em Hollywood, depois
de pegar carona nos “Jurassic Parks” da vida de anos atrás. Mas, é aquela velha
história: novos tempos, novas questões. E o nosso gigantesco dinossauro também
transitará pelas inquietações mais contemporâneas.
O filme começa com um
pesquisador japonês, o doutor Serizawa (interpretado por Ken Watanabe, muito
lembrado por sua participação em “O Último Samurai”, com Tom Cruise), sendo
chamado para investigar um gigantesco buraco que cedeu numa mina. Lá, ele
encontrou o fóssil de um gigantesco dinossauro, mas também uma espécie de
casulo aberto, de onde fugiu uma gigantesca criatura. Vamos, então, ao Japão de
1999, onde uma família americana que trabalha numa usina nuclear passará por um
acidente que destruirá a usina e matará a esposa, Sandra Brody (interpretada
por Juliette Binoche, sim ela está no filme!!!). A alegação de que foi um
terremoto não convenceu Joe Brody (interpretado por Bryan Cranston), que ficou
no Japão para investigar os detalhes do acidente. Quinze anos depois, seu filho
Ford (interpretado por Aaron Taylor Johnson), um militar perito em desarmar
bombas, vai ao Japão livrar o pai da enrascada de estar preso por ter invadido
seu antigo lar na zona radioativa e proibida. Numa nova incursão à zona
proibida, pai e filho descobrem o verdadeiro motivo do acidente que vitimou a
mãe. A criaturinha que fugiu do casulo ao início do filme se instalou na usina,
pois se alimenta de radiação. E ficou hibernando por quinze anos. Os cientistas
não a mataram porque queriam estudá-la. E aí o bichão cresceu, cresceu e saiu
destruindo tudo pela frente, matando também o papai Brody. O problema é que a
criatura queria copular com outra que estava num depósito de lixo radiotativo
nos Estados Unidos. A esta altura, o leitor pode perguntar: e o Godzilla, onde
está? Ele aparecerá depois de ter sobrevivido a vários ataques nucleares dos
Estados Unidos na década de 1950 (pois é, aqueles testes nucleares todos eram
para matar o Godzilla, mas não deram certo, pois na época dos dinossauros, a
Terra era supostamente mais radioativa). E o objetivo principal do monstro será
evitar a cópula dos outros dois monstrinhos, se caracterizando no maior
empatador de foda da História. Tudo isso com um suposto motivo de restaurar um
equilíbrio ecológico, já que os monstrões se alimentam de radiação e causam
blecautes nas cidades que passam, antes de destruí-las totalmente (Honolulu,
Las Vegas e São Francisco que o digam). Assim, os humanos ficam meio que à
mercê dos bichões, que parecem mais um louva-a-deus com cabeça de lagarto
(sendo que um deles até voa!), contra um Godzilla bípede que solta raios
iradíssimos da boca. Houve até uma tentativa de destruir as criaturas com uma
ogiva nuclear que teve que ser retirada às pressas da cidade, pois nosso desarmador
de bombas nem teve competência para parar sua contagem regressiva.
O filme não empolga,
pois os protagonistas humanos não conseguem fazer muito ante ao poder
descomunal dos bichões que quebram o pau sem dó nem piedade. Mas o filme tem
alguns elementos interessantes, como as alusões a terremotos e tsunamis que assolaram a Ásia e o Japão
nos últimos anos, com direito inclusive a acidentes em usinas nucleares. E o
elemento mais interessante foi colocar o Godzilla como o mocinho da história,
inventando outros dois animaizinhos muito feios para serem seus inimigos. De
resto, filme de monstro japonês com efeito especial americano. Só senti falta
do Ultraseven ou Ultraman com sua pilha fraca no peito...
Cartaz do filme. Gojira
de raios irados.
GOJIRA!!!!!!!
Um mocinho todo
perdido.
Dinossauro nadando...
Hecatombes atômicas
Ken Watanabe, um dos
poucos atores de prestígio...
junto com a sempre
competente Juliette Binoche...