Paixão
Inocente. Intrigas Que Destroçam Corações.
O filme americano
“Paixão Inocente”, de 2013, é mais uma história que trata das relações humanas
e de como as pessoas machucam umas às outras na busca pela felicidade. Mais um
filme que nos ajuda a pensar como agimos com nossos próximos. Vemos aqui a
história de uma família que vive nos arredores da cidade de Nova York. O pai,
Keith (interpretado por Guy Pearce) é um professor de música frustrado que
almeja voos mais altos em sua carreira musical como violoncelista. Ele, sua
esposa Megan (interpretada por Amy Ryan) e sua filha Lauren (interpretada por Mackenzie
Davis) receberão, num intercâmbio, Sophie (interpretada por Felicity Jones),
vinda da Europa para estudar música nos Estados Unidos. A jovem moça, a
princípio fechada e reservada, será bem acolhida por essa família aparentemente
perfeita, onde tudo cheira a mar de rosas. Lauren e Sophie dividem o quarto e
estudam na mesma escola onde Keith dá as suas aulas de música. Lauren conta a
Sophie que quer começar um relacionamento com um amigo, Aaron (interpretado por
Matthew Daddario) e inclusive perdeu a virgindade com ele. Em contrapartida, o
relacionamento entre Sophie e Keith, a princípio distante (Sophie nem quer
assistir às aulas de Keith, por não achá-lo um bom professor) vai
progressivamente se estreitando. Sophie também sai com Aaron e fica aquela dúvida
pairando no ar se eles transaram, o que enlouqueceu Lauren. Mas a coisa piorou
quando Keith e Sophie se aproximaram, sendo flagrados num idílio à beira do
lago por Lauren. O resto, já é previsível. Vidas implodindo como frágeis
castelos de cartas ao vento.
É interessante perceber
que, nesses jogos de relações humanas, existem dois pólos. O primeiro é aquele
que mostra as vidas dos protagonistas em pedaços, com muito sofrimento,
utensílios domésticos destruídos por ataques de ira, bebedeiras, gritos
histéricos e acidentes automobilísticos quase fatais. O segundo pólo é o do
campo da infidelidade, onde o medo da presença do sexo como elemento da
traição, é só um medo, pois não houve qualquer ato sexual. Aaron tenta pegar
Sophie à força, mas ela não cede. E o relacionamento entre Keith e Sophie não
passa do campo do idílio. Quando a coisa descambaria para o sexo, há um corte
abrupto provocado pelo acidente sofrido por Lauren. Talvez tenhamos tido uma paixão tão
“inocente” em virtude do fato do casal adúltero ser altamente sensível por
mexer com a música.
Assim, “Paixão
Inocente” é um filme como tantos outros que tratam do tema do adultério, que
seguem a linha do surgimento da traição como algo que ocorre ao acaso, não
sendo feito de forma totalmente intencional, ou seja, a coisa surge espontaneamente,
sem a intenção de magoar o ente querido. Mas magoa, e muito. Apesar disso, tudo
passa e a vida continua. Não sem marcas, às vezes até bem visíveis.
Cartaz do filme, inspirado em postais antigos.
Uma família
aparentemente perfeita
Mas eis que chega
Sophie
Que se aproxima de
Keith
E...
Idílios que ferem...
Nenhum comentário:
Postar um comentário