Sem
Escalas. Terrorismo Amigo.
Apareceu um filme de
ação interessante nas telonas. “Sem Escalas”, estrelado pelos bons atores Liam
Neeson e Julianne Moore, enfoca a questão da segurança dos voos domésticos
americanos no pós 11 de setembro, onde sequestros são maquinados com o objetivo
de se exibir falhas no sistema.
Vemos aqui a história
do agente Bill Marks (interpretado por Neeson), responsável pela segurança dos
voos, mas que não gosta de voar. O desconforto gerado no emprego é agravado
pelo fato de que ele perdeu sua filha aos oito anos de leucemia e não foi um
pai presente por não ter coragem de encarar a situação da doença da filha, algo
que o atormenta profundamente. Para completar o panorama caótico de Bill, ele
também é um fumante compulsivo e alcoólatra. Com todas essas “qualidades”, ele
parece o menos indicado para o cargo que ocupa. Ao pegar um voo, ele recebe
mensagens de texto em seu celular de linha fechada de um terrorista que diz que
matará uma pessoa no avião a cada vinte minutos se não for depositado 150
milhões de dólares numa conta. Bill iniciará então uma corrida contra o tempo
para salvar as pessoas do avião. Mas o problema é que, quanto mais ele age para
deter o sequestro e as mortes, mais parece que ele mesmo é o terrorista perante
as pessoas. E aí, para salvar todo o mundo ele precisará também convencer a
todos de que não é terrorista, mas sim inocente. O filme é interessante, pois a
parte em que há mais ação, com coisas do tipo troca de tiros e explosões, está
mais ao final. Durante o transcorrer da trama, a situação é mais cerebral, onde
o protagonista vai investigando, seguindo as pistas, chegando a conclusões,
equivocadas ou não, e isso sob os olhares atônitos e incrédulos de tripulação e
passageiros, algo que aumenta a tensão do filme. Ficamos exasperados, pois
torcemos pelo protagonista e sentimos todos desconfiando dele, o que acaba
também minando a nossa confiança com relação a ele numa certa altura da
história. Tem hora que não temos mais certeza das coisas. Um detalhe interessante
é o grande número de personagens apresentados, que serão os passageiros do
filme, e vão interagir com o protagonista. Destaque também para a bela e
eficiente Julianne Moore, que interpreta o papel de Jen, uma passageira que
ajudará Bill a resolver o caso.
O motivo do sequestro é
que chamou muito a atenção, pois o sequestrador maquinou toda a ação para expor
a situação de vulnerabilidade desse sistema de segurança aéreo, prova de como o
terrorismo afetou a sociedade americana. Se nas invasões dos gringos nos países
do Oriente Médio víamos às vezes o “fogo amigo”, podemos dizer que, neste
filme, temos um exemplo de “terrorismo amigo”. De qualquer forma, o filme é
interessante, pois tem uma trama bem construída, sustentada por dois bons e
grandes atores.
Liam Neeson. Bill,
mocinho ou bandido???
Lupita Nyong’o, fazendo
uma ponta aqui...
Cena de Ação Final.
Coisinhas inacreditáveis, como sempre...
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