O
Agente Da U.N.C.L.E. Tios Da Guerra Fria.
Um interessante
blockbuster passa nas telonas. “O Agente da U.N.C.L.E” é baseado numa antiga
série de TV e transpira os tempos da Guerra Fria. Antes de mais nada, é muito
legal dizer aqui que, mais uma vez, temos um filme com uma boa caracterização de
época, onde locações, cenários e figurino fazem muito bem o seu papel. Mas a
película não é somente isso. Temos uma trama bem interessante, com cenas de espionagem
e ação na medida certa, com pouca pirotecnia.
O filme fala de uma aliança
entre um agente secreto americano, Napoleon Solo (interpretado pelo “Superman”
Henry Cavill) e um agente secreto russo, Illya Kuryakin (interpretado pelo “Cavaleiro
Solitário” Armie Hammer), formada para desbaratar um grupo terrorista formado
por antigos fascistas e nazistas da Segunda Guerra Mundial que conseguiram
montar uma ogiva nuclear. Entre esses dois agentes, está uma jovem moça,
mecânica de automóveis na Alemanha Oriental, de nome Gaby (interpretada por
Alicia Vikander), que é filha de um antigo cientista alemão que foi capturado
pelo grupo terrorista. Solo, Kuryakin e Gaby irão se unir para salvar o pai da
moça e retirar a ogiva do controle do grupo. Não sem muitas cenas dignas dos
tempos áureos dos filmes de espionagem e um toque de filme de ação, tão caro
aos dias de hoje.
Com relação ao elenco,
apenas um medalhão, Hugh Grant que, como não podia deixar de ser, representa a
Inteligência Britânica. Mas houve uma boa química entre os protagonistas, que já
são relativamente rodados. Alicia Vikander, por exemplo, fez o ótimo “O Amante
da Rainha”, com Madds Mikkelsen. Já Armie Hammer pareceu melhor que Henry Cavill,
pois seu personagem Illya era mais interessante pelo fato de ser pavio curto e
tinha que disfarçar isso, dado que sua identidade secreta era a de um pacato
arquiteto. Obviamente, houve momentos em que ele não conseguia disfarçar a sua
raiva, o que rendeu algumas boas risadas. O personagem de Cavill era um sujeito
mais classudo, dando à interpretação um tom um tanto canastrão, só não superado
por Hugh Grant, “hors concours” nesse quesito.
O grande mérito do
filme é o fato dele ser centrado no gênero da espionagem, mais cerebral que os
filmes de ação. Assim, a película se passa de forma totalmente diferente da que
esperamos quando vemos o “trailer”. Tem realmente bons diálogos com conteúdo,
uma coisa mais cerebral. E o climão retrô, tão bem retratado nas já citadas reconstruções
de época com boas locações, cenários e figurinos, é reforçado pelas antigas divisões
de tela para presenciarmos ações simultâneas que auxiliavam a compreender
melhor a narrativa, como víamos nos filmes daquela época do tipo “Aeroporto
1970” ou, mais recentemente, na série de TV “24 Horas”.
Dessa forma, “O Agente
da U.N.C.L.E”, se é uma diversão comercial descartável, também é um filme que
agrada, pois tem bom conteúdo nos diálogos, é mais um inteligente filme de
espionagem que de ação, tem uma boa química dos atores e uma excelente e
elegante reconstituição de época. Vale a pena dar uma conferida.
Cartaz do filme
Cartaz do filme no Brasil
Superando as diferenças da Guerra Fria.
Uma moça em busca do pai
Uma vilã muito sensual (interpretada por Elisabeth Debicki)
Poucas cenas de ação na medida certa.
Hugh Grant e os traços da idade...
Obrigado pela dica de cinema. Eu também recomendo a história do agente da UNCLE! É um das melhores historias que eu li até agora. A verdade se tornou em uma das minhas histórias preferidas desde que eu vi o trailer, e quando soube da estreia do filme, fiquei na dúvida se eu a desfrutaria, mas adorei. Os filmes deste diretor não são as minhas preferidas, mas desde que eu vi o filme Rei Arthur eu gosto dele. Sua historia é boa e os atores também podem transmitir todas as emoções. Não tem dúvida de que Charlie Hunnam foi perfeito para o papel principal. O filme vale muito à pena.
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