O
Jogo Da Imitação. Nascia Um Dos Primeiros Computadores.
Mais um candidato ao
Oscar nas nossas telonas. E um baita candidato. Estreou “O Jogo da Imitação”, filme
que se passa na Segunda Guerra Mundial estrelado pelos bons Benedict
Cumberbatch (o nosso estimado Khan) e Keira Knightley. Essa película concorre a
sete estatuetas (filme, diretor para Morten Tyldum, ator para Cumberbatch, atriz
coadjuvante para Knightley, edição, direção de arte, trilha sonora original).
Vemos aqui a história
do renomado matemático Alan Turing (interpretado por Cumberbatch), que entra no
serviço de inteligência inglês para decifrar códigos secretos dos nazistas
gerados por uma máquina conhecida como Enigma. Os ingleses tinham um modelo
dessa máquina roubada dos alemães. Ela tinha a capacidade de gerar 159 trilhões
de códigos por dia, sendo uma tarefa impossível de decifrar (os cálculos
durariam vinte milhões de anos). Turing, em sua frieza e arrogância, trabalhava
em separado dos seus outros colegas, especialistas em decifrar mensagens
criptografadas, e começou a desenvolver uma máquina que iria gerar essas
combinações de forma mais rápida que o homem (ou seja, uma espécie de
computador pessoal primitivo). Devido ao seu pouco trato em lidar com as
pessoas, ele era odiado por todos e tinha o seu projeto bloqueado. Mas uma
conversinha com Churchill deu a ele a autonomia necessária para assumir o
controle, demitindo alguns de seus colegas e contratando outros usando um jogo
de palavras cruzadas como teste de aptidão. Um dos novos trabalhadores
selecionados será Joan Clarke (interpretada por Knightley), que era vista com
preconceito por ser mulher (elas não faziam atividades intelectualizadas para a
grande maioria da cultura machista de então), mas foi aceita por Turing e
ajudou o matemático a interagir de forma mais afável com seus colegas. Com o
grupo formado, buscou-se, então, construir a tal máquina.
Essa é mais uma trama
inspirada numa história real. O filme também vai abordar o homossexualismo de
Turing, assim como as perseguições e punições na justiça que ele sofreu por
isso. Episódios envolvendo espionagem com os russos também aconteceram, sendo
outra pressão que esse grupo sofreu, já que eles participavam de uma missão
confidencial.
Mais uma vez tivemos
uma narrativa com um vai e vem no tempo, onde a época em que Turing estava
desenvolvendo a máquina era alternada com sua infância (com o objetivo de
explicar seu comportamento muito áspero com as pessoas) e com uma época pós 2ª
Guerra, onde ele é ainda investigado por espionagem, quando seu homossexualismo
é tornado público. Essas quebras na linearidade temporal da história devem ser
feitas de forma muito responsável, pois podem confundir o espectador, ainda
mais quando não são citados os saltos no tempo, como aconteceu nesse filme. Esses
saltos mereceram uma atenção especial do espectador. Do jeito que foi feito,
uma narrativa mais linear seria melhor com, no máximo, uns poucos flash-backs com relação à infância de
Turing.
Com relação aos atores,
nem é preciso dizer da competência de Cumberbatch e Knightley. Vale ressaltar
aqui a ótima interpretação de Charles Dance como o comandante Denninston,
desafeto declarado de Turing. Esse ator, que contracenou com Sigourney Weaver
em “Alien” na década de 1990 e foi a criatura maligna do “Drácula” lançado
recentemente, sempre nos brinda com boas atuações e as sequências com
Cumberbatch ficaram muito boas.
Definitivamente, “O
Jogo da Imitação” é um candidato digno ao Oscar, pois conta mais uma boa
história real, onde é exibida a ação das forças de inteligência durante uma
guerra, além de mostrar como o surgimento da tecnologia dos computadores se deu
nessa época. A denúncia do sexismo e da homofobia latentes naqueles anos
passados é outra grande virtude do filme. Vai ser decepcionante se ele não for
bem premiado. Somente a montagem, com as idas e vindas no tempo, ficou a desejar.
Cartaz do filme
Alan Turing. Arrogância e pouco tato no trato com as pessoas
Joan Clarke irá facilitar o convívio de Turing com sua equipe.
Nada como uma companhia feminina, mesmo para um homossexual...
Equipe de Turing em ação...
Comandante Denninston. Choques severos com Turing.
Coletiva de imprensa
O verdadeiro Alan Turing. Boa caracterização.
A história é espetacular, muito bom. O interessante é que The imitation game, em princípio, parece-II Guerra Mundial. Tem soldados, tanques, ecos de bombas, a sombra de Hitler. Avanços, percebemos que abrange mais do que um evento histórico. abrangido pela presente de nossas vidas. Alan Turing foi um herói injustamente esquecido. Turing não existiria sem Bill Gates ou Steve Jobs não teria existido. Mesmo algumas lendas atribuído à Apple Turing Wolf.
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