Um Amor De Vizinha. Mais Um Simpático Filme De Atores.
Mais uma historinha água com açúcar. O simpático filme “Um Amor de Vizinha” é estrelado por Michael Douglas e Diane Keaton, servindo justamente para matarmos a saudade desses dois bons atores nas telas. Temos aqui a história do corretor de imóveis Oren Little (interpretado por Douglas), que é um homem muito insensível desde que perdeu a esposa. Ele tenta vender a sua grande casa para vários casais, todos vistos de uma forma estereotipada pela sociedade americana: asiáticos, negros, latinos. Isso serve como um argumento para Oren destilar toda a sua antipatia e preconceito e ficarmos mais hostis a ele. Enquanto nosso mal humorado personagem tenta vender sua casa, ele mora numa pequena casinha de um conjunto de residências do qual é dono, tripudiando de seus inquilinos com sua aspereza. Mas sua vizinha, Leah (interpretada por Keaton) é, como o próprio título do filme em português diz, um amor (a propósito, o título original é “And So It Goes”). Ela também é viúva e ainda não se conforma com a perda do marido. Para esquecer e ter uma fonte de renda, a senhora inicia uma carreira de cantora de bares. Mas ela sempre se debulha em lágrimas, pois só usa músicas que lembram de seu marido no repertório. Oren e Leah vão se aproximar depois que o filho de Oren deixa a sua filhinha Sarah (interpretada por Sterling Jerins) com o pai porque vai passar uma temporada na prisão. Oren, de coração de pedra, deixa a pequena Sarah aos cuidados de Leah por uma noite, algo que a senhora não vai recusar. A partir daí, já sabemos como a coisa continua.
Definitivamente, é um filme que não acrescenta em nada. É uma fórmula muito batida já vista muitas vezes. Serve somente para dar uma perspectiva otimista da vida, a ideia de que sempre podemos recomeçar e ter uma vida amorosa e feliz na terceira idade, algo que nem sempre se repete na vida real. Por isso mesmo, a gente sai com a cabeça levinha do filme. Uma higiene mental, eu diria. De interessante mesmo, só Michael Douglas fazendo um velho rabugento que redime seu coração e uma doce Diane Keaton que, apesar do passar do tempo e por sua carreira pregressa, sempre vai parecer uma jovem senhora. Sua alta emotividade soava como algo triste em alguns momentos e como algo engraçado e caricato em outros. Tudo se pauta e se apoia nesses dois atores. De qualquer forma, apesar do tema batido, se você gosta desses dois atores que já não aparecem tanto nas telas (tem chegado por aqui muitos filmes com carinhas novas), vale a pena dar uma conferida. Mas não espere muito. Puro entretenimento apenas.
Cartaz do filme
Um corretor de imóveis rabugento.
Uma melancólica cantora de bares.
Simpático par romântico da terceira idade.
Uma netinha aparece do nada.
E essa netinha aproximará ainda mais o casal.
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