Tango
Libre. Pentágono Amoroso.
Curiosíssima produção
belga nas telas. “Tango Libre”, lá de 2012, fala de um pentágono amoroso. Isso
mesmo. O drama romântico é um verdadeiro samba do belga doido. Ou, melhor
dizendo, tango do belga doido. Vamos desvendar os detalhes desse estranho
filme.
Vemos aqui a história
de J. C. (interpretado por François Damiens), um agente carcerário de um
presidio. Nosso J. C. frequenta um curso de tango e tem como sua parceira a
bela Alice (interpretada por Anne Paulicevich). A moça tem um filho adolescente
chamado Antônio (interpretado por Zacharie Chasseriaud) e tem um relacionamento
não só com um, mas com dois presidiários
do presídio onde J. C. trabalha: Fernand (interpretado por Sergi López) e
Dominic (interpretado por Jan Hammenecker). Fernand e Dominic são amigos e meio
que dividiram Alice no passado, ficando essa história mal contada até os dias
atuais. Fernand ficará uma fera com o fato de Alice e J. C. serem parceiros de
dança, o que fez com que o prisioneiro acertasse o carcereiro. Fernand grita
com Alice que retruca dizendo que ele nunca gostou de tango. Assim, Fernand
tentará estabelecer contato com os argentinos do presídio para tomar aulas de
dança e impressionar a mulher.
Apesar do título e da
menção ao tango na história, a dança é somente um pretexto para apresentar a
característica principal do filme, que é o intrincadíssimo conflito de Fernand,
Dominic, J. C. e Antônio em torno de Alice. O filme, que tinha a leveza da
dança argentina, é tomado de repente por um drama pesadíssimo, onde todos os
personagens principais comem o pão que o diabo amassou. Todos sentem ciúmes de
Alice e a moça joga com os sentimentos de todos, o que deixa as coisas bem
tensas. A história parecia caminhar para um desfecho trágico, mas este tomou
contornos bem inusitados, levando a até um estado de perplexidade. De qualquer
forma, o filme já tem uma trama que é inusitada e perplexa desde o início. Mas
o final foi o supra-sumo do inusitado, do improvável, que coroa uma história
talvez improvável como um todo (ou não) e o somatório de todas essas situações
improváveis e esdrúxulas é que dão charme a essa película. Se bem que o tango
bem dançado dos presidiários argentinos tenha sido a coisa mais charmosa e
atraente do filme. Com um misto de ímpeto e delicadeza, os argentinos
conseguiram calar os comentários homofóbicos dos presos contra a dança. E foi
uma atração a parte, que já valeria o ingresso. Isso, acrescido da série de
situações inusitadas da trama principal, fazem de “Tango Libre” uma boa
atração, digna de ser vista. Vale a pena dar uma conferida...
Cartaz do filme
J. C. e Alice nas aulas de tango.
Alice e Antônio.
Antônio, um filho atormentado pelos rumos de sua estranha família
Fernand, o marido de Alice...
Dominic, o outro caso de Alice
Fernand e Dominic se rendem ao tango...
Os presidiários argentinos ensinarão o verdadeiro tango...
Aulas de dança na cadeia...
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