Drácula,
A História Nunca Contada. Senhor Feudal Com Poderes Absolutos.
Mais um Drácula na
tela. Esse talvez seja um dos personagens da cultura mundial que jamais saem de
moda. Já teve Drácula de tudo quanto é jeito. Dessa vez, foram enfocadas as
supostas origens do vampiro, ou seja, como nosso conde Vlad (interpretado por
Luke Evans) ficou com seus poderes sobrenaturais. Tudo isso dentro de um
contexto de guerra contra os turcos, que submetiam a Transilvânia. A terra do
leste europeu era obrigada a fornecer meninos para serem soldados do exército
turco, sendo que o próprio Vlad, o filho do governante da Transilvânia, passou
por esta experiência, sendo o mais violento e assassino de todos, a ponto de
ser conhecido como “O Empalador”. Vlad consegue retornar à sua terra natal e
ser líder do seu povo, mantendo relações “amistosas” com os turcos (o povo da
Transilvânia era obrigado a pagar tributos para os turcos). Até que, um belo
dia, os turcos insistem na história de levar crianças da Transilvânia novamente
para serem seus soldados, inclusive o filho de Vlad. O que os turcos não sabiam
é que uma criatura demoníaca e poderosa (interpretada por Charles Dance) vivia
numa caverna no alto da Montanha do Dente Quebrado. Vlad, ao explorar sua
caverna, perdeu dois de seus soldados. O líder da Transilvânia irá retornar lá
para ter uma conversa com o estranho ser, numa tentativa de conseguir seus
poderes. E aí, nosso vampiro é criado para fazer uma violenta guerra contra os
turcos, com direito a muitas porradas, dentadas e morcegos para todo o lado.
Mas o pacto entre Vlad e a criatura sinistra é um jogo que se mostra uma
verdadeira faca de dois gumes.
Qual é a grande atração
do filme? Realmente foi uma grande ideia voltar às origens do vampiro e sua
época de nobre na Europa Oriental. E ainda: contextualizar uma guerra com os
turcos como o motivo pelo qual ele se tornou uma criatura sinistra da noite.
Esse período da vida de Drácula sempre foi meio nebuloso, onde uma violência
explícita e gratuita era totalmente injustificada (a questão dos empalamentos,
por exemplo). A trama do filme busca colocar uma ordem e coerência nesse
contexto. A roupagem de épico histórico chamou muito a atenção. Mas não podemos
nos esquecer de que, quando falamos de Drácula, falamos de um filme de terror.
E essa película o é. Bastante até. Há partes bem sinistras no filme, onde a
violência rege as ações. Há vampiros queimando com a luz do sol e o contato com
a prata. Há os famosos dentões. E há uma morcegada sem fim, toda virtual, mas
que não te deixa indiferente com suas nuvens para lá de elaboradas e
pitorescas.
Dessa forma, esse novo
Drácula não parece ter cometido alguns absurdos como ocorreu em outros filmes
que buscam colocar novos elementos em histórias já conhecidas, casos de filmes
como “João e Maria, Caçadores de Bruxas” e “Abrahan Lincoln, Caçador de
Vampiros” (só o título desse último já dói na consciência). O mais interessante
é que o filme deixou um gancho para uma continuação. Pode dar em outros filmes,
como pode dar em nada. Tudo isso depende do desempenho deste primeiro. Pode ser
que seja promissor. Vamos aguardar.
Um dos cartazes do filme. Sinistraço!!!!!
Vlad terá que proteger seu povo...
Vlad terá que proteger sua esposa
Vlad terá que proteger seu filho.
Para isso, fará um pacto maligno.
Ele hesita, mas...
A necessidade faz o monstro!!!!
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