Os
Vingadores, A Era De Ultron. Super Heróis Em Cheque.
E saiu a tão esperada
sequência de “Os Vingadores”. “A Era de Ultron” é mais um filme a sofrer com a
chamada “maldição das sequências”, ou seja, dificilmente uma continuação é
melhor que o primeiro filme. De qualquer forma, não é um filme de se jogar
fora. Ele tem tudo aquilo com que já estamos acostumados: muitas cenas de ação
regadas a toneladas de efeitos especiais, cimentadas pelo bom humor visto também
no primeiro filme. Mas talvez não haja grandes novidades, pois já tivemos três filmes
do Homem de Ferro, dois filmes do Capitão América, dois do Thor, dois do Hulk,
além do primeiro filme dos vingadores, ou seja, uma verdadeira overdose desses
personagens da Marvel. Será que já deu no saco? Para os fãs de carteirinha da
Marvel, provavelmente não. Mas ficou aquela impressão de que já vimos muito
daquilo em outras oportunidades.
Apesar dessa impressão,
o filme não é de se jogar fora. O que podemos dizer que há de original nesse
filme? O questionamento da ética dos Vingadores, sobretudo pelas atitudes de
Tony Stark. O grande empresário e cientista decide por conta própria e sem
perguntar a nenhum de seus colegas (com exceção de Bruce Banner, que embarca na
conversa de Stark) criar uma inteligência artificial que defendesse o planeta
de perigosas ameaças alienígenas. Assim, Ultron é gerado. Mas um bugzinho miserável
faz essa nova entidade entender que a paz mundial passa pela destruição dos
vingadores, assim como passa pela extinção da própria espécie humana. O mais
curioso é que essa entidade consegue viajar pelas conexões da internet e, por
mais que ele seja destruído fisicamente (Ultron vai arrumar um corpo mecânico para
dar suas voltinhas apocalípticas por aí), a inteligência artificial sempre
volta para a rede para ressurgir em outro lugar, não sendo destruído definitivamente.
Obviamente, os super heróis colegas de Stark vão ficar revoltados. Cabe dizer
que Stark tomou essa atitude depois de sofrer o ataque da Feiticeira Escarlate,
que provoca alucinações em suas vítimas. Stark viu todos os seus colegas mortos
e acreditou que isso foi mais uma premonição do que uma alucinação. Para piorar
a situação, o filme dos Vingadores ficou bem queimado quando Hulk, também tomado
pelas alucinações da Feiticeira Escarlate, destruiu boa parte da cidade de Nova
York, principalmente depois que ele começou uma batalha com o Homem de Ferro,
armado de Verônica, uma super armadura que era páreo para o Hulk. Assim, com a
autoestima lá embaixo, o grupo de heróis vai ter que lutar contra o exército de
Ultron, que também desenvolve, usando tecido humano, uma nova inteligência artificial,
ainda mais poderosa.
A atitude meio que
megalomaníaca e inconsequente de Stark vai provocar desentendimentos entre o
grupo, onde o Capitão América se mostrará o mais desapontado. De qualquer
forma, Stark se redime ao se arriscar novamente e terminar a geração do “filho
de Ultron” que, para a sorte dos super heróis, ficou do lado dos humanos. Mas até
a gestação da nova inteligência artificial não foi feita sem um stress entre os
vingadores, onde tivemos a oportunidade de vê-los saindo no braço.
Outro elemento
interessante foi o “affair” entre Bruce Banner e a Viúva Negra. A personagem
durona era a que acalmava o monstro verde e tinha diálogos digamos interessantes
com o calmo doutor. Mas Banner jogava na defensiva, já que acreditava que não poderia
dar um futuro estável para a moça.
Dessa forma, se “Vingadores,
A Era de Ultron” parece reproduzir uma fórmula um tanto desgastada, o filme
ainda apresenta alguns atrativos, sendo o principal a questão ética envolvida
em torno das atitudes de Stark que, na sua busca pela paz mundial, acabou
criando uma tremenda dor de cabeça. O mais assustador é que a inteligência artificial
Ultron tinha algumas características de Stark, algo que a entidade negava
categoricamente. A criatura rechaçava totalmente seu criador e queria destruí-lo,
lembrando um pouco os parricídios do teatro expressionista alemão do início do
século passado, guardadas, obviamente, as devidas proporções. Vale a pena dar
uma conferida, pois o filme não deixa de ser uma diversão garantida.
Cartaz do filme.
Desta vez, o Homem de Ferro pisou na bola. Não sobrou muito dela...
Capitão América e Thor, desapontados com Stark...
Não façam isso!!!!
Um vilão criado pelos heróis...
Verônica, uma armadura iradíssima!!!
Irmãozinhos espevitados...
Calmante para Hulk...
Sem as armaduras...
Nenhum comentário:
Postar um comentário