A
Assassina. Mas Ela Não Queria Matar Ninguém!!!
O candidato de Taiwan
ao Oscar deste ano (ele não ficou entre os cinco finalistas) e o vencedor do prêmio de melhor diretor em
Cannes (Hsiao-Hsien Hou) aportou em nossos
cinemas. “A Assassina” parecia que tinha tudo para ser um filme de ação muito
zen, bem ao estilo dos filmes orientais. Mas, infelizmente, foi um filme muito
mais zen do que qualquer outra coisa. E aí, a coisa ficou meio maçante. De
qualquer forma, a fotografia foi insuperável e o roteiro se pautou num
interessante “background” histórico.
Vemos aqui a história
de Yinniang (interpretada por Shu Qi), uma assassina profissional que vive na
China do século VIII e é treinada por uma monja que a manda matar figuras
políticas que deem problemas ao Império e a dinastia Tiang. Uma de suas vítimas
era um homem que, na hora de ser morto por ela, carregava no colo uma criança,
o que fez com que a matadora desistisse de liquidá-lo. Para forçar a assassina
a se confrontar com sua fraqueza, sua mestra monja lhe ofereceu a mais difícil
das missões: matar o seu primo Tian Ji'an, o líder local da cidade de Weibo, que se opunha ao
Império e a quem a moça estava prometida em casamento no passado. Fica então o
dilema: Yinniang cometerá o assassinato? Ou ela novamente não terá coragem de
matar um homem com o qual tem ligações afetivas profundas?
Esse é o tipo de filme
que merece muita atenção do espectador, pois fala-se em vários personagens,
cujos nomes têm uma sonoridade muito semelhante e que confundem a nossa cabeça
completamente. Ainda, a gente se confunde muito com todos os grupos políticos
envolvidos no filme, pois o exuberante e maravilhoso figurino mais torna
homogênea a nossa visão dos grupos do que os diferencia. Realmente, a gente se
confunde muito. Sabemos que há o Império que busca colocar cidades dissidentes
ao seu controle. Sabemos que Yinniang era originalmente de uma dessas cidades e
é sequestrada pelo príncipe do Império, sendo levada para lá. Sabemos das
cidades dissidentes e que o primo de Yinniang é o líder de uma delas. O
problema é que há alguns subgrupos que muito se confundem nas cenas de luta. E
a gente não sabe muito quem ataca quem. Pior ainda, há poucas cenas de ação
numa película que, aparentemente, se propunha ser de ação, o que deixa a coisa
muito arrastada e chata. Para contrabalançar isso, a fotografia é lindíssima,
com belíssimas paisagens, fora o já mencionado figurino.
De qualquer forma, “A
Assassina” merece uma conferida, se você tem paciência para uma película de
cadência lenta, pois há muitas pequenas histórias que são contadas para dar
recheio à trama principal. E não deixe de ver o trailer após as fotos.
Cartaz do Filme.
Yinniiang teve que passar por várias provas
A principal delas era matar seu primo Tian Ji'an.
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