Esta semana vamos nos lembrar da boemia do Moulin Rouge e desse maravilhoso artista que foi Toulouse Lautrec, que retratou como ninguém a "nait" de uma Paris há muito tempo desaparecida!!! Seguem algumas de suas obras e a biografia de sempre da Wikipédia...
Henri de Toulouse-Lautrec
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Henri de Toulouse-Lautrec
| |
Nome completo
|
Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa
|
Nascimento
| |
Morte
|
9 de setembro de 1901 (36 anos)
Saint-André-du-Bois |
Nacionalidade
| |
Ocupação
| |
Movimento estético
|
Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa (Albi, 24 de Novembro de 1864 — Saint-André-du-Bois, 9 de Setembro de 1901) foi um pintor pós-impressionista e litógrafo francês, conhecido por pintar a vida boêmia de Paris do final do século XIX. Sendo ele mesmo um boêmio, faleceu precocemente aos 36 anos de sífilis e alcoolismo. Trabalhou por menos de vinte anos mas deixou um legado artístico importantíssimo, tanto no que se refere à qualidade e quantidade de suas obras, como também no que se refere à popularização e comercialização da arte. Toulouse-Lautrec revolucionou o design gráfico dos cartazes publicitários, ajudando a definir o estilo que seria posteriormente conhecido como Art Nouveau
Biografia
Nascido na nobreza francesa, possuía uma linha de ancestrais de nomes aristocráticos. Seu pai era o Conde Alphonse de Toulouse-Lautrec-Monfa, Alf para os amigos, e sua mãe Adéle Tapié de Céleyran. Queriam seus pais que o filho seguisse com esmero o mesmo caminho nobre de toda a sua família, tanto materna quanto paterna.
Toulouse-Lautrec sofria de uma doença desconhecida em sua época. Certamente uma distrofia poli-hipofisária, que é um desenvolvimento insuficiente de certos tecidos ósseos. Sofreu dois acidentes em sua juventude, fraturando o fêmur esquerdo aos doze anos e o direito aos quatorze anos. Os ossos mal soldados pararam de crescer e fizeram com que Henri não ultrapassasse a altura de 1,52 m, tornando-se um homem com corpo de adulto, mas com pernas curtas de menino.[1] Porém, o jovem não se deixou abater por tal infortúnio. Em seus longos períodos de cama, Toulouse-Lautrec fazia desenhos e pintava aquarelas, abrindo espaço para seu incrível talento que ainda se desfraldaria.
Aos dezesseis anos foi estudar pintura com Léon Bonnat, professor rígido que não o agradava. Logo depois foi estudar com Fernand Cormon, cujo estúdio ficava nas ladeiras suburbanas de Montmartre, em Paris. É lá que Lautrec descobriu a inspiração que lhe faltava. Mudou-se para aquele bairro de má fama e encontrou seu lugar entre trabalhadores, prostitutas e artistas de caráter duvidoso. Começava sua nova vida.
Boemia
Frequentador assíduo do Moulin Rouge e outros cabarés, o pequeno nobre acaba se acomodando muito bem naquele ambiente tão estranho que seus pais nunca aceitaram em ter o filho. O tema principal das pinturas de Toulouse-Lautrec era a vida boêmia parisiense, que ele representava através de um desenho que lembra a espontaneidade do desenho satírico de Honoré Daumier, e uma composição dinâmica que poderia ter sido influenciada pela fotografia e as gravuras japonesas, dois fatores de grande importância cultural no fim do século XIX.
Era atraído por Montmartre, uma área de Paris famosa pela boemia e por ser antro de artistas, escritores, filósofos. Escondido no coração de Montmartre estava o jardim de Pere Foret onde Toulouse-Lautrec pintou uma série de óleos sobre tela ao ar livre de Carmen Gaudin (a modelo ruiva que aparece no quadro "A Lavadeira" de 1888). Quando o cabaré Moulin Rouge abriu as portas ali perto, Toulouse-Lautrec foi contratado para fazer cartazes. Posteriormente ele passou a ter assento cativo no cabaré, onde suas pinturas eram expostas. Nos muitos conhecidos trabalhos que ele fez para o Moulin Rouge e outras casas noturnas parisienses estão retratadas a cantora Yvette Guilbert, a dançarina Louise Weber, mais conhecida como a louca e cativante La Goulue("A Gulosa"), a qual criou o cancan francês, e também a mais discreta dançarina Jane Avril.
Terremoto
A invenção do coquetel "Terremoto" (Tremblement de Terre) é atribuída à Toulouse-Lautrec. É uma mistura potente de 1/2 parte de absinto e 1/2 parte de conhaque, servido em copo de vinho sobre cubos de gelo ou batido com gelo em coqueteleira.[2]
Trabalho e Arte
Testemunha da vida noturna de Montmartre, Henri não apenas faz pinturas, como também cartazes promocionais dos cabarés e teatros, fazendo-se presente na revolução da publicidade do século XIX, onde a arte deixa de ser patrocinada e financiada apenas pela Igreja e os nobres, para ser comprada e utilizada pelo comércio crescente gerado pela revolução industrial. O cartaz litográfico colorido é uma nova ferramenta de divulgação de locais de lazer parisienses. Trilhando o caminho de Jules Chéret, assim como Alfons Mucha, Toulouse-Lautrec revolucionou o design gráfico dos cartazes, definindo o estilo que seria conhecido como Art Nouveau.
O dom artístico de Lautrec é bastante reconhecido, tanto pelos seus amigos da classe baixa quanto por críticos de arte. Participa do Salão dos Independentes em Paris, da exposição dos Vinte e das galerias de Boussod e Valadin.
Estilo
Sua habilidade em capturar as pessoas em seu ambiente de trabalho, com a cor e o movimento da pululante e opulenta vida noturna porém sem o glamour. Usava muito vermelho, em geral de maneira contrastante, usava o cabelo cor de laranja e a cor verde limão para traduzir a atmosfera elétrica da vida noturna. Era um mestre do contorno, podia retratar cenas de grupos de pessoas onde cada pessoa é individual (e na época podia ser identificada apenas pela silhueta). Frequentemente ele aplicava a tinta em uma estreita e longilinea pincelada, deixando a base (papel, tela) ou o contorno aparecer. Sua pintura é gráfica por natureza, nunca encobria por completo o traço forte do desenho. O contorno simples era a "marca registrada" de Lautrec desde o início da carreira como designer de cartazes. Não pintava sombras. Sua pinturas sempre incluiam pessoas (um grupo ou um indivíduo) e não gostava de pintar paisagens.[3] O papel usado para os cartazes frequentemente era amarelo.[4][5]
Apesar da litografia cheia de cores de seu tempo poder acomodar dezenas de cores em um só cartaz, Lautrec geralmente escolhia apenas 4 ou 5, as vezes 6, raramente 6 cores. Ao invés de usar uma multiplicidade de cores, Henri preferiu criar seus efeitos com justaposições e modulações delicados.[6]
Os últimos anos
Em 1899, a vida desregrada e o excesso de álcool finalmente cobram seu preço do artista. Lautrec sofre de crises e é internado numa clínica psiquiátrica. Ao sair é constantemente vigiado para que não beba e não volte a frequentar os bordéis, vigilância que ele consegue burlar. Sua saúde vai-se deteriorando cada vez mais, até que em 1901 não é mais capaz de viver sozinho. Henri despede-se de Paris com a certeza de que está com os dias contados. Sofre ataques de paralisia e quase não consegue mais pintar.
Em 9 de Setembro de 1901, Henri de Toulouse-Lautrec morre nos braços de sua mãe, no Castelo de Malromé, perto de Bordeaux, às duas horas e quinze minutos da manhã.
Filmes
- Moulin Rouge, 1952, Direção de John Huston, com Jose Ferrer, biografia romanceada de Lautrec, vencedor de 2 Oscars.[11][12]
- Moulin Rouge, a Vida de Toulouse-Lautrec, 1963, Direção de Geraldo Vietri, com Percy Aires (como Lautrec), Vida Alves, Rolando Boldrin (como Van Gogh), TV Tupi (Brasil), em português.[13]
- Lautrec, 1998, Direção de Roger Planchon, biografia de Toulouse-Lautrec. Título em português: A vida de Toulouse-Lautrec[14]
- Moulin Rouge!, 2001, Direção de Baz Luhrmann, com Nicole Kidman, Ewan McGregor, John Leguizamo (como Toulouse-Lautrec). Musical sobre um poeta Inglês que vai para Paris e envolve-se com a vida boêmia da cidade. Vencedor de 2 Oscars.[15]
Notas
- ↑ Biografia de Toulouse-Lautrec, TheMostFamousPaintings.com, acessado em 18/07/2009
- ↑ "Absinthe Service and Historic Cocktails", AbsintheOnline.com acessado em 17/07/2009
- ↑ Style and Art, página de Lautrec, site acessado em 17/07/2009
- ↑ Retouch Pro, discussão sobre como imitar o estilo de Lautrec, forum acessado em 17/09/2009
- ↑ Color and Technique,San Diego Museum of Art, acessado em 17/07/2009
- ↑ Toulouse-Lautrec: Color and Technique San Diego Museum of Art, acessado em 17/07/2009
- ↑ Henri de Toulouse-Lautrec no Find a Grave
- ↑ Fact Monster sobre Lautrec, em inglês, acessado em 17/07/2009
- ↑ Museu Toulouse-Lautrec em Albi, fotos do museu e do acervo
- ↑ Frase atribuida à Lautrec, Wikiquote
- ↑ Filmografia de Moulin Rouge no site 65 Anos de Cinema
- ↑ Filmografia de Moulin Rouge de 1952,IMDb (Internet Movie Database)
- ↑ Filmografia de "Moulin Rouge, a Vida de Toulouse-Lautrec",IMDb (Internet Movie Database)
- ↑ Filmografia de Lautrec,IMDb (Internet Movie Database)
- ↑ Filmografia de Moulin Rouge! de 1952,IMDb (Internet Movie Database)
Nenhum comentário:
Postar um comentário