Birdman,
Ou A Inesperada Virtude da Ignorância. Blockbuster X Arte.
Mais um candidato ao
Oscar. “Birdman, Ou a Inesperada Virtude da Ignorância” fala da história de um
ator que foi um grande sucesso na década de 1980 interpretando um super-herói
(o tal “homem-pássaro”) e que agora quer fazer um retorno triunfal dirigindo
uma peça de teatro na Broadway. Vamos ver aqui como esse ator, Riggan
(interpretado por um ator que realmente fez sucesso nas décadas de 1980 e 1990,
Michael Keaton, interpretando super-heróis como o Batman e personagens um tanto
inusitados como o famoso Beetle-Juice) fará os preparativos da peça, num
dia-a-dia altamente turbulento, onde seu temperamento forte lhe trará sérios
problemas e processos. Incorporado ao elenco estará um excelente ator, Mke
(interpretado magistralmente por Edward Norton), tão problemático quanto nosso
protagonista. Os dois conseguem chegar às vias de fato, tamanhas são as
loucuras e manias deles. Para piorar a situação, Riggan ainda escuta vozes de
seu personagem super-herói da década de 1980, tentando dissuadi-lo daquela
volta profissionalmente mais artística, já que ele era uma espécie de lenda
viva para os então adolescentes da época de “Birdman”, sendo um rei dos
blockbusters do passado.
É um filme muito
instigante, que mostra uma espécie de embate entre o que é considerado arte,
uma “cultura de alto nível” e os blokbusters, considerados mais descartáveis
por uns ou até lixo cultural por outros. No centro dessa tensão está Riggan,
que quer se desgarrar de seu passado de super-herói, vinculado a um lixo
cultural descartável, e abraçar uma cultura considerada de mais alto nível,
encenando a peça teatral. Seu comportamento temperamental esconde, entretanto,
uma pessoa altamente insegura, que acha que não foi um bom pai para sua filha
Sam (interpretada por Emma Stone), além de temer que sua peça será um fracasso,
já que sua figura é muito vinculada ao herói pretérito e as pessoas não o
levarão à sério. A grande expectativa do filme é constatar se a peça será um
sucesso ou não em virtude dos muitos altos e baixos do processo de produção e
das situações muito inusitadas surgidas durante os ensaios abertos ao público.
Esse filme está cotado
para nove Oscars esse ano (filme, ator para Michael Keaton, ator coadjuvante
para Edward Norton, atriz coadjuvante para Emma Stone, direção para Alejandro
Iñárritu, roteiro original, fotografia, edição de som e mixagem de som), além
de ter faturado dois globos de ouro (roteiro e ator de comédia ou musica para Michael
Keaton) e muitos outros prêmios, valendo a pena estar ligado na noite da
premiação. Outra grande virtude do filme é a música, marcada por solos de bateria,
calmas em alguns momentos e muito nervosa em outros, dando todo um charme
especial à coisa. O filme também usa tomadas mais longas, onde o diálogo entre
os personagens é feito com os mesmos andando pelo interior do teatro, para cima
e para baixo, onde os cortes são praticamente evitados. Isso nos faz “passear”
com os personagens por todo o prédio do teatro em algumas tomadas, saindo desde
o palco, passando por corredores, chegando a camarins e indo até a terraços.
Isso deu todo um tom especial ao filme. Tal recurso de evitar takes curtos para
diálogos substituídos por tomadas mais longas também é visto em filmes do Woody
Allen. Essas tomadas longas seriam o momento filme de arte. Mas os diálogos
entre Riggan e “Birdman” são coalhados de efeitos especiais, típicos de um
blockbuster. Mas tais efeitos especiais são carregados de toda uma beleza, onde
o filme de arte e o blockbuster se imbricam. Os destemperos emocionais também dão
um tom de comédia ao filme, embora ele seja muito mais do que isso.
Dessa forma, “Birdman”
é um filme e tanto e favorito para levar algumas estatuetas e será uma decepção
se isso não ocorrer na noite de premiação. Vale a pena dar uma conferida no
filme antes.
Cartaz do filme
Riggan. Busca de reconhecimento na arte.
Mas o Homem-Pássaro atormenta nosso ator.
Sempre à espreita...
Efeitos especiais. Momento blockbuster...
Insegurança...
Situações inusitadas nos ensaios
Riggan e Mike: à beira de um ataque de nervos...
Sam. Dificuldades de relacionamento com o pai...
Lembram do "Besouro Suco"???
Há vários filmes muito bons, incluindo Um filme de Farren Blackburn não ser um diretor tão reconhecido na indústria do cine, ele é um dos poucos que conseguem boas obras cinematográficas de terror graças ao seu grande profissionalismo. Deve ser por ele que grandes atores como Filmes de Terror querem participar nos seus filmes. Refém Do miedo é o mais recente dos seus trabalhos, um filme que é uma referência do gênero. Seus efeitos especiais estão incríveis, trilha sonora e atuações geram um resultado que consegue captar aos espectadores.
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