Somos
o que Somos: Calafrios Não Recomendados a Vegetarianos.
Um filme do gênero
suspense (embora alguns vão achar que se trate de uma película de terror) que não
tem sido muito falado por aí é “Somos o que Somos”. Apesar de não ser algo
muito pretensioso, o filme possui alguns elementos dignos de nota. Sem falar
que sua historinha é muito escabrosa. Vamos aqui fazer uma pequena análise.
A história fala da
misteriosa e reclusa família Parker, chefiada por um pai altamente religioso,
que beira as raias do fanatismo e que, no desenrolar do filme, se desdobrará
numa loucura atroz (essa é a grande virtude do filme: fazer um alerta para o
perigo do fundamentalismo religioso, mesmo se tratando de algo muito exagerado
aqui). A mãe acaba morrendo em virtude de uma doença degenerativa que provoca
tremedeiras semelhantes às do mal de Parkinson. Logo vemos que o pai é
acometido da mesma doença. Frank Parker (interpretado por Bill Sage) não
permite que seus filhos se alimentem até um determinado dia, em virtude de uma
tradição religiosa. As filhas Iris (interpretada por Ambyr Childers) e Rose
(interpretada por Julia Garner) seguem as tradições do pai ao pé da letra,
todas conservadas num antigo livro da família, que será a chave do mistério do
comportamento dos Parkers e porque eles “são o que são”. Ao mesmo tempo, há
desaparecimentos de pessoas na região em que eles moram (Delaware) e as
investigações são prejudicadas por um período de fortes chuvas e enchentes. O
médico da região, Barrow (interpretado por Michael Parks), teve sua filha
desaparecida e faz investigações. Ele fez a autópsia na mãe dos Parker e
encontrou os indícios da tal doença que provocava as tremedeiras, assim como um
osso humano no rio que passa por detrás da casa dos Parker. Logo, as peças do
filme se encaixarão. O livro antigo dos Parker é um diário de uma menina que
foi antepassada da família e que fez parte dos pioneiros que desbravavam o
país. O detalhe é que eles eram extremamente religiosos e se viram num momento
dentro de uma floresta sem comida. E, para sobreviverem, precisaram praticar...
canibalismo (argh!), o que acabou virando um ritual religioso da família. Então
os Parkers do presente passavam longos períodos de fome, assim como seus
antepassados, para depois sacrificar os “cordeiros”, ou seja, pessoas que eles
capturavam e mantinham no porão da casa, jogando depois os ossos lá no rio. Bem
macabrozinho... e as tremedeiras eram decorrência do consumo de carne humana,
tudo descoberto pelo nosso competente Doctor Barrow em seus livros de medicina.
Mas o filme tem detalhes mais escabrosos, como o jantar da família, com
pedacinhos de carne humana sendo servidos num molho vermelhinho, o ossário que
era o leito do rio, as desagradáveis cenas de assassinato, isso sem falar no
fim de papa Parker (me desculpem o trocadilho, não resisti), que foi meio que
devorado vivo pelas próprias filhas, tudo na medida exata de quem gosta de um
bom filme de suspense (ou terror?). Ah, não devemos nos esquecer da presença de
Kelly McGillis. Lembram daquela louraça que contracenou com Tom Cruise em Top
Gun? Pois é, ela trabalha no filme como Marge, uma vizinha que é louca pelo
paizão homicida. Não gosto de tocar nesses assuntos, mas o tempo foi realmente
muito cruel com ela... Para quem gosta do gênero suspense (ou terror?), o filme
chega a divertir, embora se precise de um pouco de estômago. Só não recomendo a
vegetarianos. Agora, para quem gosta de carne mal passada...
Cartaz do Filme. Olha a
carinha bonitinha do papai!!!!
Rose e Iris: lavagem
cerebral dentro de um clima de fanatismo religioso.
Vamos Comer???? Tá Gotooooso!!!!!
Usa um guardanapo,
menina!!!!
Kelly McGillis: tempo
cruel...
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