Carrie e o Cyber Bullying.
E temos a nova versão
de “Carrie, a Estranha”. A história de Stephen King fala de uma menina
atormentada por sua mãe, religiosa ao extremo, e que comete flagelos em seu
próprio corpo em virtude de seu fanatismo religioso. Como não fosse suficiente,
a natureza altamente inibida e fechada de Carrie ainda é estranhada por suas
colegas de escola que a hostilizam sem perdão. Desde cedo, Carrie nota que em
seus momentos de desespero ela consegue mover e destruir objetos. Ela começa
então a estudar telecinese (o dom de movimentar objetos com a força do
pensamento) mais a fundo e domina seu dom sobrenatural de mover objetos.
Pronto! Ela agora tem poderes suficientes para liquidar impiedosamente todos os
seus detratores, principalmente quando recebe um banho de sangue de porco em
sua festa de formatura, onde massacra sem pena todos aqueles que riem de sua
humilhação. Definitivamente, o melhor filme contra bullying que já vi. Devemos nos lembrar que esta não é a primeira
versão deste filme. Há, ainda, a versão mais antiga com a Sissy Spacek (1976) e
“A Maldição de Carrie” (1999). A versão de 2013 vem desta vez com elementos
mais de nossa era digital, onde a atormentada menina sofre cyber bullying. Ao
menstruar no banheiro das meninas e receber uma chuva de absorventes e O. B.,
ela também é filmada por um smartphone e um perfil dela é criado numa rede
social. Um ponto interessante na história é a permissividade do pai com para
com a algoz de Carrie, numa denúncia de que muitos casos de violência contra
alunos nas escolas conta com a cumplicidade dos pais. É notável perceber como
este problema não se limita ao sistema educacional de um ou outro país e é bem
mais geral do que se parece. Assim, o upgrade
de “Carrie, a Estranha” nunca foi tão pertinente quanto a questões tão
atuais.
No mais, a interessante
história de Stephen King torna-se ainda mais interessante pela computação
gráfica e seus efeitos, algo que não existia na época do primeiro filme, com a
Sissy Spacek. Carrie levanta pessoas, faz flutuar livros, camas, carros,
provoca explosões, racha todo o asfalto da rua, além de lançar a cara de seus
inimigs contra para-brisas, para o delírio da plateia que assistia a sessão.
Destaque deve ser dado
a brilhante atuação da atriz Juliane Moore, no papel da mãe evangélica
inveterada de Carrie. A gente fica com uma raiva danada da mulher, sinal de que
a atuação dela é muito boa. Tal personagem nos mostra os perigos que o
fanatismo religioso pode proporcionar. Pois mais absurdas que sejam as
situações mostradas no filme quanto às atitudes da mãe de Carrie, nunca devemos
nos esquecer de que “a vida imita a arte” e que tais atos tresloucados
fictícios têm seus fundos de realidade nas profundezas de algumas almas e em
lugares mais remotos (ou nem sempre tão remotos assim, pois tais coisas podem
estar mais próximas de nós do que podemos imaginar).
De qualquer forma, para
quem gosta do gênero terror, a nova versão de “Carrie, a Estranha” é uma boa
sugestão e vale a pena dar uma conferida. Só para dar uma pequena gozadinha de
leve nos fãs de Star Wars: Carrie movimentava objetos com muito mais
desenvoltura do que Obi Wan Kenobi ou Anakin Skywalker...
Sinistra!!!!!
Sangue para todo o lado!!!
Juliane Moore (mãe de Carrie) deu um show!!!!
As três versões de Carrie no cinema... Sissy Spacek (1976) parece a mais psicótica de todas!!!!
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