Uma coisa que me esqueci de colocar na postagem anterior... o Oscar para filme estrangeiro foi para o ótimo (ótimo mesmo!!!) “A Separação”, do Irã. Esse filme fala da história de um casal onde a esposa quer tentar a via no exterior e o marido quer permanecer no Irã porque precisa cuidar do pai que é portador de Alzheimer. No meio desse conflito, está a filha adolescente dos dois que não quer a separação deles e fica ao lado do pai, na esperança de que a mãe volte um dia. Como o marido não pode cuidar do pai, pois ele precisa trabalhar, ele contrata uma empregada para isso. Essa empregada tem uma filhinha que é simplesmente uma gracinha!!! A empregada estava grávida e, num dia, se descuidou. Assim, o velho saiu a rua e ela foi atrás pegá-lo. Quando o marido chegou a sua casa, encontrou o pai amarrado e expulsou a empregada, empurrando-a. Ela entrou na justiça, alegando que perdeu o bebê por ter sido empurrada. E aí começa toda uma querela judicial onde fica bem clara uma crítica ao sistema de leis no Irã, onde os textos sagrados têm muita relevância, algo típico do Estado Teocrático. Não vou contar o final do filme aqui, que tem outros desdobramentos muito interessantes, não havendo vilões ou vítimas. Todos são humanos e cada personagem do filme carrega suas aflições e angústias. É um filme para se muito refletir sobre o relacionamento humano, a condição humana e de como um Estado autoritário influencia demais na individualidade das pessoas. Filmaço, aço, aço... e que se danem os detratores do cinema iraniano... desculpem-me mas às vezes a gente tem que ser um pouco malcriado... “ A Separação” está em cartaz!!! Não deixem de ver... ou peguem na locadora depois... camelô? Só se ele for muito cinéfilo demais!!!
Cena de "A Separação": casal em litígio
Cena de "A Separação": empregada e marido
O Diretor Farhadi e seu merecido Oscar
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