Os
Mercenários 3. Porradas E Explosões De Sempre.
Quando falamos de
Sylvester Stallone e seus filmes de ação, a gente não pode ser muito exigente.
Já sabemos mais ou menos o que vem por aí e é isso aí. Confesso que encaro seus
filmes de ação como ótimas comédias, gênero em que Stallone, inclusive, se sai
melhor. Por isso, “Os Mercenários 3” não é muito mais do que aquilo que
esperamos. As novidades ficam por conta das novas aquisições do elenco, que se
propõe a ter sempre uma constelação de estrelas muito conhecidas. Vejamos:
Harrison Ford (que, pela idade, não sei como fará novamente Han Solo; será que
o Chewbacca estará de pêlos brancos?) tomou o lugar de Bruce Willis como o
contratante dos “Expendables”; Antonio Banderas faz um espanhol ridicularizado
e submisso (é impressionante como o “latino” Stallone repete recursivamente
estereótipos depreciativos aos latinos, seja em seus filmes, seja em suas
declarações), ávido por um “empreguinho” de mercenário; Mel Gibson, que faz um
excelente vilão, a antítese de Barney, personagem de Stallone, pois Gibson é um
“ex-expendable” que se voltou para o mal (como se existissem mercenários do
bem) e se tornou traficante de armas. Não podemos nos esquecer, também, de Wesley
Snipes, numa boa participação de um ex-médico mercenário, especializado na arte
de matar com a faca, “operando” seus inimigos. Todas as participações especiais
foram boas, só lamentando o mico que o Banderas pagou com aquele personagem
ridículo. Mas o bom ator faz qualquer papel. Fernanda Montenegro não fez a
Zazá?
Como não podia deixar
de ser, o filme também aborda a questão da idade, mas não de uma forma humorada
como foi nos últimos filmes. Aliás, os momentos de humor nessa continuação são
bem raros, limitando-se a alguns diálogos entre Stallone e Statham. Dessa vez a
história é pesada, havendo tensões entre os membros do grupo, cada vez menor
com as mortes que ocorreram ao longo dos anos. Há inclusive um recrutamento
para a formação de um novo grupo. Realmente, os velhos mercenários parecem bem
mais velhos agora. E não há mais piadinhas com a idade. A velhice realmente
pesa. Resta pouco tempo de vida que pode ser abreviado em apenas um instante
numa profissão tão perigosa como essa.
O resto, todo mundo já
sabe. Muitos tiros, não tão sanguinários como em filmes mais recentes do tipo
“Rambo 4” e até os dois primeiros filmes dos Mercenários (a impressão é que
vemos um “Rambo” ou um “Comando Para Matar” da década de 1980, onde os pobres
diabos que são atingidos por rajadas de metralhadoras apenas se jogam para
trás), explosões com demolições de velhos prédios e a famosa sequência de
porrada, no braço mesmo, onde vilão e mocinho jogam suas pistolas para o lado,
embora sempre a usem em último recurso. Ah, sim, e a festinha habitual no
final, sempre num barzinho, onde todo mundo está bem vestido, num contraponto à
vestimenta militarizada usada nas missões.
Não podemos nos
esquecer das tatuagens de caveiras, simbologia muito presente no filme. Há
caveiras nos braços de todos, na fuselagem de aviões, no anel de Barney que dá
sorte. O grande símbolo do filme. Até hoje não me pergunto se isso foi alguma
influência do símbolo do Bope, já que o primeiro “Mercenários” foi rodado no
Brasil e Stallone achou a caveira do Bope uma coisa absurda: “O símbolo da
força policial deles é uma caveira. Imaginem isso em Los Angeles!”, disse o
ator na época.
Dessa forma, “Os
Mercenários 3” é o Stallone de sempre, um pouco mais sério e tenso. Boas
aquisições no elenco e o mesmo lero-lero violento. Distração com gosto de
catarse. Nada mais que isso.
Eles estão de volta!
Pose família...
Ícones da década de 80
Zoações na promoção do filme...
Noite de gala
Sangue sempre é indispensável
O "pai do Chris" sempre no elenco...
Credo!!!
Harrison Ford dá mais credibilidade...
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