A
Bruxa De Blair. Tudo Como Dantes.
Quem conhece este
humilde articulista que vos fala sabe que ele não é muito fissurado em filmes
de terror. Mas há alguns anos, eu vi um filme que muito me chamou a atenção:
“Bruxa de Blair” me cativou num primeiro momento, pois ele foi filmado como se
fosse um documentário caseiro muito do mal editado. O leitor pode até perguntar
se essa é uma ideia original. E eu respondo que muito provavelmente não, mas o
filme acabou sendo uma espécie de sensação quando foi lançado e taxado de muito
original pelos mais incautos. O ritmo frenético das imagens tratado de forma
seca, sem qualquer fundo musical e com imagens muito de relance da bruxona em
si, onde sentíamos mais a sua presença pelo que acontecia ao redor, algo visto pelos personagens, mas
sabiamente não visto pela câmara, tornaram o filme muito instigante e agônico.
Uma sequência de “A Bruxa de Blair” foi feita na época, mas sem a mesma
repercussão, pois parece que foi filmado dentro da metodologia de um filme de
enredo usual. Agora, este “remake” (ou continuação?) retoma o modelo original e
as expectativas eram grandes no que se refere se esse novo filme seria digno ou
não do original.
O que podemos dizer
desse novo “Bruxa de Blair?” Infelizmente, ele não passou de uma versão
estendida do original. Não houve nada de novo no filme. Tudo que podia ser
aproveitado do “Bruxa de Blair” original foi aproveitado e a impressão que se
dava é que víamos o primeiro filme novamente, só que agora com mais personagens
e inovações tecnológicas como drones e outras bugigangas. O que mais chamou a
atenção foi uma ou outra imagem de relance, onde víamos um rosto fantasmagórico
ou um corpo nu esguio e ameaçador, manifestação da bruxa em si. Mas, fora isso,
nada de novo, o que foi uma pena, já que a proposta do filme poderia acrescentar
elementos muito mais aterrorizantes à trama. Pelo menos, a casa da bruxa tinha
muito mais dependências desta vez e boas sequências de horror foram boladas, o
que deu um tempero especial à película.
Assim, se você espera
muito do novo “Bruxa de Blair”, não espere mais do que você já viu. Mas esse
filme também não pode ser rotulado daquela forma pejorativa muito conhecida
(“Bruxa de bláááááá´”!), já que manteve o ritmo de documentário, o que aumenta
a angústia das sequências. É o tipo do filme que encheu o contexto de novos
personagens que expandiu as sequências do filme. E não deixe de ver o trailer
após as fotos.
Cartaz do Filme
Entrando na floresta
Espalhando sinais
Catando um drone...
Entro na casa ou não?
Indo pro brejo...
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