sexta-feira, 4 de julho de 2014

Resenha de Filme - Paixão Inocente

Paixão Inocente. Intrigas Que Destroçam Corações.
O filme americano “Paixão Inocente”, de 2013, é mais uma história que trata das relações humanas e de como as pessoas machucam umas às outras na busca pela felicidade. Mais um filme que nos ajuda a pensar como agimos com nossos próximos. Vemos aqui a história de uma família que vive nos arredores da cidade de Nova York. O pai, Keith (interpretado por Guy Pearce) é um professor de música frustrado que almeja voos mais altos em sua carreira musical como violoncelista. Ele, sua esposa Megan (interpretada por Amy Ryan) e sua filha Lauren (interpretada por Mackenzie Davis) receberão, num intercâmbio, Sophie (interpretada por Felicity Jones), vinda da Europa para estudar música nos Estados Unidos. A jovem moça, a princípio fechada e reservada, será bem acolhida por essa família aparentemente perfeita, onde tudo cheira a mar de rosas. Lauren e Sophie dividem o quarto e estudam na mesma escola onde Keith dá as suas aulas de música. Lauren conta a Sophie que quer começar um relacionamento com um amigo, Aaron (interpretado por Matthew Daddario) e inclusive perdeu a virgindade com ele. Em contrapartida, o relacionamento entre Sophie e Keith, a princípio distante (Sophie nem quer assistir às aulas de Keith, por não achá-lo um bom professor) vai progressivamente se estreitando. Sophie também sai com Aaron e fica aquela dúvida pairando no ar se eles transaram, o que enlouqueceu Lauren. Mas a coisa piorou quando Keith e Sophie se aproximaram, sendo flagrados num idílio à beira do lago por Lauren. O resto, já é previsível. Vidas implodindo como frágeis castelos de cartas ao vento.
É interessante perceber que, nesses jogos de relações humanas, existem dois pólos. O primeiro é aquele que mostra as vidas dos protagonistas em pedaços, com muito sofrimento, utensílios domésticos destruídos por ataques de ira, bebedeiras, gritos histéricos e acidentes automobilísticos quase fatais. O segundo pólo é o do campo da infidelidade, onde o medo da presença do sexo como elemento da traição, é só um medo, pois não houve qualquer ato sexual. Aaron tenta pegar Sophie à força, mas ela não cede. E o relacionamento entre Keith e Sophie não passa do campo do idílio. Quando a coisa descambaria para o sexo, há um corte abrupto provocado pelo acidente sofrido por Lauren.  Talvez tenhamos tido uma paixão tão “inocente” em virtude do fato do casal adúltero ser altamente sensível por mexer com a música.

Assim, “Paixão Inocente” é um filme como tantos outros que tratam do tema do adultério, que seguem a linha do surgimento da traição como algo que ocorre ao acaso, não sendo feito de forma totalmente intencional, ou seja, a coisa surge espontaneamente, sem a intenção de magoar o ente querido. Mas magoa, e muito. Apesar disso, tudo passa e a vida continua. Não sem marcas, às vezes até bem visíveis.

Cartaz do filme, inspirado em postais antigos.


Uma família aparentemente perfeita


Mas eis que chega Sophie


Que se aproxima de Keith


E...


Idílios que ferem...

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