sábado, 31 de maio de 2014

Resenha de Filme - Godzilla.

Godzilla. Desta Vez, Gojira Defende Os Humanos.
Um reboot do lagartixão japonês na área. O novo “Godzilla”, um dos monstros mais tradicionais da cultura japonesa, reaparece em Hollywood, depois de pegar carona nos “Jurassic Parks” da vida de anos atrás. Mas, é aquela velha história: novos tempos, novas questões. E o nosso gigantesco dinossauro também transitará pelas inquietações mais contemporâneas.
O filme começa com um pesquisador japonês, o doutor Serizawa (interpretado por Ken Watanabe, muito lembrado por sua participação em “O Último Samurai”, com Tom Cruise), sendo chamado para investigar um gigantesco buraco que cedeu numa mina. Lá, ele encontrou o fóssil de um gigantesco dinossauro, mas também uma espécie de casulo aberto, de onde fugiu uma gigantesca criatura. Vamos, então, ao Japão de 1999, onde uma família americana que trabalha numa usina nuclear passará por um acidente que destruirá a usina e matará a esposa, Sandra Brody (interpretada por Juliette Binoche, sim ela está no filme!!!). A alegação de que foi um terremoto não convenceu Joe Brody (interpretado por Bryan Cranston), que ficou no Japão para investigar os detalhes do acidente. Quinze anos depois, seu filho Ford (interpretado por Aaron Taylor Johnson), um militar perito em desarmar bombas, vai ao Japão livrar o pai da enrascada de estar preso por ter invadido seu antigo lar na zona radioativa e proibida. Numa nova incursão à zona proibida, pai e filho descobrem o verdadeiro motivo do acidente que vitimou a mãe. A criaturinha que fugiu do casulo ao início do filme se instalou na usina, pois se alimenta de radiação. E ficou hibernando por quinze anos. Os cientistas não a mataram porque queriam estudá-la. E aí o bichão cresceu, cresceu e saiu destruindo tudo pela frente, matando também o papai Brody. O problema é que a criatura queria copular com outra que estava num depósito de lixo radiotativo nos Estados Unidos. A esta altura, o leitor pode perguntar: e o Godzilla, onde está? Ele aparecerá depois de ter sobrevivido a vários ataques nucleares dos Estados Unidos na década de 1950 (pois é, aqueles testes nucleares todos eram para matar o Godzilla, mas não deram certo, pois na época dos dinossauros, a Terra era supostamente mais radioativa). E o objetivo principal do monstro será evitar a cópula dos outros dois monstrinhos, se caracterizando no maior empatador de foda da História. Tudo isso com um suposto motivo de restaurar um equilíbrio ecológico, já que os monstrões se alimentam de radiação e causam blecautes nas cidades que passam, antes de destruí-las totalmente (Honolulu, Las Vegas e São Francisco que o digam). Assim, os humanos ficam meio que à mercê dos bichões, que parecem mais um louva-a-deus com cabeça de lagarto (sendo que um deles até voa!), contra um Godzilla bípede que solta raios iradíssimos da boca. Houve até uma tentativa de destruir as criaturas com uma ogiva nuclear que teve que ser retirada às pressas da cidade, pois nosso desarmador de bombas nem teve competência para parar sua contagem regressiva.
O filme não empolga, pois os protagonistas humanos não conseguem fazer muito ante ao poder descomunal dos bichões que quebram o pau sem dó nem piedade. Mas o filme tem alguns elementos interessantes, como as alusões a terremotos e tsunamis que assolaram a Ásia e o Japão nos últimos anos, com direito inclusive a acidentes em usinas nucleares. E o elemento mais interessante foi colocar o Godzilla como o mocinho da história, inventando outros dois animaizinhos muito feios para serem seus inimigos. De resto, filme de monstro japonês com efeito especial americano. Só senti falta do Ultraseven ou Ultraman com sua pilha fraca no peito...



Cartaz do filme. Gojira de raios irados.


GOJIRA!!!!!!!


Um mocinho todo perdido.


Dinossauro nadando...


Hecatombes atômicas


Ken Watanabe, um dos poucos atores de prestígio...


junto com a sempre competente Juliette Binoche...

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