Apertem os cintos, o piloto bebeu e cheirou! “O Voo” conta a história de um piloto de carreira (interpretado por Denzel Washington) que, durante um voo comercial, praticamente evitou uma tragédia salvando 96 pessoas de um acidente aéreo. O problema é que o piloto consumiu álcool e cocaína antes do voo. E aí trava-se toda uma luta para salvar a carreira do piloto buscando omitir seus vícios. O grande problema é que o alcoolismo continua o atormentando, o que dificultará sua defesa, nada ética diga-se de passagem. Ao mesmo tempo, o piloto se envolve com uma viciada que busca a sua recuperação. O filme, então, mergulha nesses dilemas existenciais e éticos, tornando-se um pouco arrastado e dando indícios de que o piloto é um caso perdido, tornando a história um tanto arrastada. A grande questão é: nosso piloto pau d’água vai se redimir e assumir suas responsabilidades? Resposta nas salas de cinema. Pena que a coisa ficou meio chata, tal como nosso personagem.
Cotação: Bom
A Luz do Tom
Um pequeno resumo biográfico. Assim podemos descrever sucintamente “A Luz do Tom”, de Nelson Pereira dos Santos. O filme registra o depoimento de três mulheres que fizeram parte da vida do grande compositor: Helena, a irmã, Tereza e Ana Lontra, estas duas esposas de Tom. A irmã destaca mais a infância do músico, enquanto que as esposas destacam mais sua carreira. Toda a atenção do filme fica solidamente concentrada nos depoimentos, onde podemos tomar contato com detalhes curiosos da vida de Jobim como as circunstâncias em que ele compôs “Águas de Março” ou a ligação que Frank Sinatra fez ao bar Veloso (atual Garota de Ipanema) para convidar Tom a fazer uma gravação com ele nos Estados Unidos. Cinematograficamente falando, é um filme de Nelson Pereira dos Santos, com tomadas aéreas muito bonitas focando sobretudo as belezas naturais do Brasil, não podendo faltar o Jardim Botânico como locação. Vale a pena dar uma conferida.
Cotação: Super-Legal.
Para Maiores (Movie 43)
Mais um besteirol americano, saudades de um TV Pirata mais ácido. É o que podemos dizer de “Para Maiores”. O filme conta a história de um adolescente americano bem bobinho que quer se vingar do irmãozinho caçula, um hacker de mão cheia que tinha adulterado o número de acessos de vídeo do adolescente. Assim, o adolescente inventa a história de um tal “Filme 43”, proibido por ter situações absurdas. Enquanto o hackerzinho buscava o filme no computador do irmão, este enchia o laptop do menininho com muitos vírus colhidos em sites pornográficos. A medida que o pequeno irmão buscava o tal “Filme 43”, ele encontrava vários curtas inusitados na internet, que são histórias carregadas de situações asquerosas e politicamente incorretas. É um típico filme feito para agredir gratuitamente o conservadorismo e o puritanismo da sociedade americana. Uma típica catarse. Até se ri bastante, mas a impressão é de recorrência de piadas com fortes apelos sexuais nas várias histórias do filme, tornado a coisa meio repetitiva. Scorsese diz que todo cineasta é um iconoclasta, mas isso pode ser feito de forma melhor e mais inteligente que a tentativa desse filme. Não deixa de ser entretenimento, mas vá com o estômago preparado para situações inusitadas e não fique sensível a situações nojentas. O que salva é o elenco recheado de estrelas (Hale Berry, Hugh Jackman, Richard Gere, Emma Stone, Kate Winslet...)
Cotação: Regular.
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