segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Resenha de Filme - 007, Spectre

007, Spectre. Repetindo Uma Fórmula De Sucesso.
E temos o novo “James Bond” na área. “007, Spectre”, dirigido por Sam Mendes, repete a fórmula de sucesso do último filme do espião mais famoso do cinema, “Skyfall”. Naquela ocasião, para comemorar os cinquenta anos da franquia, o bom e velho carrão Aston Martin estava de volta, numa referência direta aos filmes do passado, onde Sean Connery fazia as vezes do espião. Muita gente diz que Connery foi o melhor James Bond. Por isso, sempre é um desafio para um novo ator fazer o personagem. Para Daniel Craig, o atual 007, não foi diferente. No primeiro filme, parecia mais um brucutu, mas foi se azeitando com o tempo. “Skyfall” realmente foi seu auge.
E “Spectre”? Quando digo que ele repetiu a fórmula de sucesso, foi com relação a retomar alguma coisa dos filmes mais antigos. Se o Aston Martin retornou em “Skyfall” e deu o ar de sua graça novamente em “Spectre”, temos no último filme o retorno da organização criminosa contra quem Sean Connery lutava. Lá no passado, o líder da Spectre apareceu em mais de um filme, mas nunca seu rosto. Apenas víamos um felpudo gatinho branco sendo acariciado pelo chefão. E, quando o chefão da “Spectre” apareceu em “Com 007 só se Vive Duas Vezes” (1967), o cara tinha uma tremenda cicatriz feia na cara. Pois é. Na versão de 2015, esses elementos que remetem aos primeiros anos de 007 estão todos de volta, dando ao fã mais antigo do espião um traço de legitimidade e credibilidade.
O elenco do filme também é de se tirar o chapéu. Além de Ralph Fiennes, o novo M, temos a presença da estonteante Léa Seydoux como a “Bond Girl” e o deliciosamente cínico Christopher Waltz como o chefão da “Spectre”. Isso sem falar de uma rápida aparição de Monica Bellucci. Com um elenco desse naipe, esse também é um daqueles filmes em que a gente vai para o cinema para ver seu ator predileto e todo o seu talento.
No mais, todos os elementos de um filme tradicional de James Bond. Uma história que se passa em vários lugares do mundo, dando aquele quê meio exótico que os filmes mais eurocêntricos têm, mulherões deslumbrantes, muitas cenas de ação, carrões cheios de artimanhas, aquele reloginho que sempre explode (e era um Ômega, meu Deus do céu!) e, melhor de tudo, a Moneypenny, que continuou com aqueles flertes levinhos de anos pretéritos.
Só achei a película um pouco mais fraca que “Skyfall”. Em termos de vilões, Waltz estava espetacular, mas não apareceu tanto como Javier Bardem apareceu em “Skyfall”. E nossa querida Judi Dench ainda fazia parte do elenco no último filme. Ela sempre faz falta.

De qualquer forma, “007, Spectre” é um filmaço e vale a pena ser visto. O cuidado com a produção, com a escolha do elenco, cheio de medalhões consagrados, a melhora de Daniel Craig no papel de protagonista, aquelas cenas de ação e de humor sutil são todos elementos que ratificam um bom “filme do 007”. E esses elementos estão todos lá novamente. Mais um DVD que se terá que comprar no futuro.

Cartaz do filme

O Aston Martin

... e o carrão mais moderno...

Waltz e Bellucci na área

Léa Seydoux, uma deslumbrante "Bond Girl"

Referência aos filmes antigos,..

Um bom elenco...

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