domingo, 26 de julho de 2015

Resenha de Filme - Sentimentos Que Curam

Sentimentos que Curam. Hulk Maníaco-Depressivo.
Um interessante filme chega até nós. A película “Sentimentos que Curam” (“Infinitely Polar Bear”), de 2014, dirigido e escrito por Maya Forbes, é estrelada pelo “Hulk” Mark Ruffalo e pela “Uhura” Zoe Saldana. Esse filme, de apenas noventa minutos, é um divertido drama, um pouco pesado em alguns momentos, mas engraçadíssimo em outros. Uma história família que não é piegas, pois propõe uma coisa um pouco diferente.
Temos aqui a história de Cameron (interpretado por Ruffalo) e Maggie (interpretada por Saldana), um casal que se conheceu em plena década de 60. Cameron tinha um pequeno problema: ele é um psicótico maníaco-depressivo. Mas tal característica não afastou Maggie, pois, segundo ela, todos eram loucos naquela época. Os anos 60 passaram e a doença de Cameron, não. Eles se casaram e tiveram duas filhas. Chega o ano de 1978 e o relacionamento está à beira do colapso em virtude dos problemas psicológicos de Cameron, que muito atrapalham. O marido não consegue ficar em nenhum emprego e Maggie precisa bancar a casa. Depois de uma internação de Cameron, o casal decide ainda viver junto para ver se dá para salvar o relacionamento ou não. Mas Maggie vai precisar viajar para Nova York com o objetivo de fazer uma pós-graduação. E, assim, por dezoito meses, Cameron terá que executar a tarefa de criar as duas filhas.
O filme tem como foco principal o relacionamento de Cameron com as filhas. Seu comportamento totalmente errático e absurdo levava as meninas ao desespero, provocando situações engraçadíssimas. Pode-se dizer que Mark Ruffalo arrasou nesse filme, pois seu personagem exigia alterações súbitas de comportamento e sempre de forma muito intensa. Num momento, ele poderia estar em depressão. Daí a um segundo, estar violento. Mais um momento e ele tentava ser excessivamente prestativo. E as filhas dando um esporro atrás do outro nele, que retrucava como uma criança. Esses pequenos conflitos familiares valem o ingresso.
O filme também mostra a mentalidade da década de 70, onde a mulher bancar a casa trabalhando fora e o marido fazer as vezes de dono de casa era considerado uma aberração. Se até hoje, há um preconceito com relação a isso, imagine há 37 anos. E isso fica marcado no filme, despertando mais angústias em nosso papai tresloucado.
O único desconforto na história foi o seu repentino desfecho. Ficou um gosto de quero mais, dando a impressão de que a película acabou antes da hora, sinal de que o filme estava muito bom. Ou então a impressão de que o final deveria estar ali mesmo, já que buscar um desfecho mais elaborado para o personagem de Ruffalo poderia parecer algo mais falso.

Dessa forma, “Sentimentos que Curam” é um filme muito intenso em suas emoções. Ele pode despertar sonoras gargalhadas, indo até às lágrimas ou à perplexidade total. Os problemas psicológicos de Cameron dão um tom de tragicomédia à história sem esquecer que o inusitado nos pega de surpresa quase que a toda hora. E Mark Ruffalo provou que não é somente um monstro verde ou o carinha de comédias românticas. Aliás, Ruffalo já tinha provado seu talento em “Foxcatcher”. Mas aqui em “Sentimentos que Curam” ele pôde mostrar mais de seu talento, já que foi o protagonista e seu personagem é carregado do inusitado. Vale a pena dar uma conferida.

Cartaz do filme.

Cameron, superzureta...

Com a esposa, Maggie. Um casal de altos e baixos...

Relacionamento inusitado com as filhas...

Comprando novo carro velho...

Tomando esporro das filhas...

Qual será o destino dessa família???

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