segunda-feira, 6 de julho de 2015

Resenha de Filme - Rainha e País.

Rainha E País. Soldadinhos De Chumbo.
Mais um filme inglês em nossas telas. “Rainha e País” é uma continuação do filme “Esperança e Glória”, que falava da vida de dois meninos durante os ataques nazistas à Inglaterra na Segunda Guerra Mundial. Anos depois, um desses meninos é adulto e foi convocado pelo exército inglês para servir por dois anos, já que a Inglaterra está envolvida na Guerra da Coreia, juntamente com os Estados Unidos. A ideia parece muito boa. Mas...
O que o filme se torna a partir de então? Vemos uma turma de soldados que toma a indisciplina como bandeira e torna-se uma espécie de esporte zoar seus superiores de todas as formas possíveis. A realidade brutal da guerra está bem longe e a vida na caserna parece uma grande diversão juvenil. Não que não haja casos de indisciplina no meio militar, mas aqui a coisa pareceu um pouco forçada e exagerada. Parecia mais uma escola pública brasileira do que o exército inglês. E aí o filme mais pareceu um rosário de sacanagens e zoações que, a partir de um momento, começaram a cansar. Pelo menos, a trama mostrou um pouco mais. O protagonista, um dos garotos de “Esperança e Glória”, o agora soldado Rohan (interpretado por Callum Turner), se apaixona por uma bela moça que ele passou a chamar de Ophelia (interpretada pela deslumbrante Tamsin Egerton, definitivamente o melhor do filme) e que vive um dilema. Ela vai se casar com um professor mais velho que ela, de quem não gosta, mas por quem sente uma atração sexual irresistível, deixando o nosso “bonzinho” Roham chupando o dedo (só para variar), dando à história um tonzinho de drama, que logo será esquecido pelo nosso Roham, que cai nos braços de uma enfermeira. No mais, é interessante notar que as brincadeiras de mau gosto e zoações contra os superiores recairão de forma negativa entre os próprios soldados, quando as ameaças de punições e cortes marciais vão provocar traições e desentendimentos. Esse, talvez, tenha sido o ponto alto do filme.

No mais, a sucessão de molecagens pareceu muito artificial e falsa para o meio onde eram praticadas. E algumas dessas molecagens custaram caro para algumas pessoas, o que só tornou a coisa mais antipática, embora não menos reflexiva. O horror da Guerra da Coreia? Só foi lembrado num rápido momento ao final da película, que soou como um melancólico anticlímax. Infelizmente, a coisa não deu muito certo.

Cartaz do filme

Rohan, agora no exército.

Dois amigos que arrumam muita confusão

Um sargento sempre zoado

Ophelia, o melhor do filme


Um relacionamento conflituoso.

Família assistindo à coroação da Rainha. 

Pausa na caserna para um bailinho...



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