segunda-feira, 13 de julho de 2015

Resenha de Filme - Meu Verão na Provença

Meu Verão Na Provença. Filme Fofo Superfamília.
Uma interessante produção francesa. “Meu Verão na Provença” é um daqueles filmes fofinhos de família, misturando comédia com drama. Alguns acham tal estilo de filme um tanto xarope. Outros gostam mais. Depende muito do gosto do freguês. De qualquer forma, é um entretenimento levinho que distrai sua cabeça e emociona, apesar dos clichês óbvios.
Vemos aqui a história de Paul (interpretado pelo sempre bom Jean Reno), um proprietário rural que produz azeite a partir de suas oliveiras, e que teve um desgosto em sua vida. Sua filha abandonou os estudos e a casa para viver um grande amor. E, desde então, pai e filha não se falaram mais. Após 17 anos de casamento, sua filha se separou e precisou fazer uma viagem, deixando os filhos nas mãos da avó Irene (interpretada por Anna Galiena). Dois adolescentes, Adrien (interpretado por Hugo Dessioux) e Léa (interpretado por Chloé Jouannet) e o pequeno caçula e surdo-mudo Théo (interpretado por Lukas Pelissier). Os netos parisienses nunca viram o avô e agora eles vão conhecê-lo. Obviamente, será um choque entre o modo de vida do campo do avô e o modo de vida urbano e tecnológico dos netos. A convivência inicialmente será muito difícil, mas gradativamente haverá uma aproximação, não sem antes presenciarmos muitos percalços e situações engraçadas.
Como já dito acima, é uma comédia dramática superfamília, muito existente também em Hollywood. O grande atrativo é, obviamente, o talento de Jean Reno, um ator que sempre nos brinda com boas interpretações. Mas é curioso também perceber como o filme mergulha nas tradições culturais dos povos rurais do interior da França e de suas visões de mundo. Podemos presenciar festas típicas, corridas de touros, uma vida mais simples e prosaica numa localidade onde todos se conhecem, como se o vilarejo fosse uma grande família. E todo o estranhamento provocado nos netos por não conhecerem tal estilo de vida. A trilha sonora do filme é mais um atrativo, onde um rock sessentão aparece com grande força, já que o vovô e a vovó estiveram em Woodstock. Aliás, à medida que o avô e os netos se conhecem melhor, detalhes do passado de Paul e Irene se revelam, o que torna a película ainda mais interessante.
De todos os relacionamentos do filme, talvez o mais terno seja entre o avô Paul e o neto Théo. Enquanto que o avô mostra detalhes da vida do campo como irrigar hortas e chocar ovos, o pequeno Théo, com sua alegria, singeleza e inocência cativava o avô ao ensiná-lo a linguagem de sinais.

Assim, “Meu Verão na Provença”, se é um filme que não alça voos maiores, ainda assim nos diverte, entretém e emociona, prendendo nossa atenção do início ao fim e nos deixando com a alma levinha ao final da sessão. Vale a pena dar uma conferida para distrair a cuca e esquecer os problemas cotidianos.

Cartaz do filme

Paul, um vovô casca grossa...

Netos adolescentes parisienses. Situação de conflito...

O caçula surdo-mudo descobre um novo mundo


Afetuosidade entre o avô e o netinho caçula

Com antigos amigos, Paul recorda o passado

Diversão com as tradições rurais locais...

Ensinando a vida no campo

Vovô e vovó terão que lidar juntos com os netinhos...



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