terça-feira, 28 de outubro de 2014

Resenha de Filme - Drácula, A História Nunca Contada

Drácula, A História Nunca Contada. Senhor Feudal Com Poderes Absolutos.
Mais um Drácula na tela. Esse talvez seja um dos personagens da cultura mundial que jamais saem de moda. Já teve Drácula de tudo quanto é jeito. Dessa vez, foram enfocadas as supostas origens do vampiro, ou seja, como nosso conde Vlad (interpretado por Luke Evans) ficou com seus poderes sobrenaturais. Tudo isso dentro de um contexto de guerra contra os turcos, que submetiam a Transilvânia. A terra do leste europeu era obrigada a fornecer meninos para serem soldados do exército turco, sendo que o próprio Vlad, o filho do governante da Transilvânia, passou por esta experiência, sendo o mais violento e assassino de todos, a ponto de ser conhecido como “O Empalador”. Vlad consegue retornar à sua terra natal e ser líder do seu povo, mantendo relações “amistosas” com os turcos (o povo da Transilvânia era obrigado a pagar tributos para os turcos). Até que, um belo dia, os turcos insistem na história de levar crianças da Transilvânia novamente para serem seus soldados, inclusive o filho de Vlad. O que os turcos não sabiam é que uma criatura demoníaca e poderosa (interpretada por Charles Dance) vivia numa caverna no alto da Montanha do Dente Quebrado. Vlad, ao explorar sua caverna, perdeu dois de seus soldados. O líder da Transilvânia irá retornar lá para ter uma conversa com o estranho ser, numa tentativa de conseguir seus poderes. E aí, nosso vampiro é criado para fazer uma violenta guerra contra os turcos, com direito a muitas porradas, dentadas e morcegos para todo o lado. Mas o pacto entre Vlad e a criatura sinistra é um jogo que se mostra uma verdadeira faca de dois gumes.
Qual é a grande atração do filme? Realmente foi uma grande ideia voltar às origens do vampiro e sua época de nobre na Europa Oriental. E ainda: contextualizar uma guerra com os turcos como o motivo pelo qual ele se tornou uma criatura sinistra da noite. Esse período da vida de Drácula sempre foi meio nebuloso, onde uma violência explícita e gratuita era totalmente injustificada (a questão dos empalamentos, por exemplo). A trama do filme busca colocar uma ordem e coerência nesse contexto. A roupagem de épico histórico chamou muito a atenção. Mas não podemos nos esquecer de que, quando falamos de Drácula, falamos de um filme de terror. E essa película o é. Bastante até. Há partes bem sinistras no filme, onde a violência rege as ações. Há vampiros queimando com a luz do sol e o contato com a prata. Há os famosos dentões. E há uma morcegada sem fim, toda virtual, mas que não te deixa indiferente com suas nuvens para lá de elaboradas e pitorescas.

Dessa forma, esse novo Drácula não parece ter cometido alguns absurdos como ocorreu em outros filmes que buscam colocar novos elementos em histórias já conhecidas, casos de filmes como “João e Maria, Caçadores de Bruxas” e “Abrahan Lincoln, Caçador de Vampiros” (só o título desse último já dói na consciência). O mais interessante é que o filme deixou um gancho para uma continuação. Pode dar em outros filmes, como pode dar em nada. Tudo isso depende do desempenho deste primeiro. Pode ser que seja promissor. Vamos aguardar. 

Um dos cartazes do filme. Sinistraço!!!!!


Vlad terá que proteger seu povo...


Vlad terá que proteger sua esposa


Vlad terá que proteger seu filho.



Para isso, fará um pacto maligno.


Ele hesita, mas...


A necessidade faz o monstro!!!!




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