domingo, 8 de junho de 2014

Resenha de Filme - Praia do Futuro

Praia Do Futuro. Boa Ideia, Mas Pouco Dito.
Uma boa ideia mal aproveitada. Essa é a sensação que “Praia do Futuro” nos deixa. É uma produção brasileira e alemã, dirigida por Karim Ainouz, estrelada por Wagner Moura e Clemens Schick, com tudo para dar certo. Só que o filme não empolga muito. Faltou mais diálogo e trabalho em cima dos personagens. Se isso fosse feito, talvez tivéssemos um grande filme. Mas o trailer altamente pirotécnico nos deu uma falsa impressão do que iríamos assistir.

Moura interpreta o papel de Donato, um salva-vidas do Ceará que resgata um turista alemão, Konrad (interpretado por Schick), da Praia do Futuro, extremamente perigosa. O amigo de Konrad morreu afogado. Donato decide ir pessoalmente ao hospital onde Konrad está internado para lhe dar a notícia, seus pertences pessoais e o de seu amigo. No hospital, Donato oferece uma carona a Konrad e, já no próprio carro, começará a primeira das fortes cenas de sexo entre os dois. Com o tempo, o casal vai se envolvendo cada vez mais, o que provoca o afastamento de Donato de sua família e, principalmente de seu irmão, Ayrton (interpretado em sua fase adulta por Jesuíta Barbosa). Donato larga tudo e vai para a Alemanha com Konrad, que insiste que ele fique, quando Donato quer regressar ao Brasil. E assim, Donato permanece na Europa, abandonando  definitivamente a família. Até que Ayrton vai em busca dele na Alemanha. O que vemos, então, é uma série de pequenos conflitos entre Donato e Ayrton (o encontro entre os dois é marcado por uma pancadaria só) e pequenos bate-bocas bilíngues entre Ayrton e Konrad. Quando pensamos que o trio irá interagir mais profundamente nos conflitos pessoais, a coisa não engrena. Os dilemas, expectativas e sofrimentos dos personagens deveriam ter sido mais bem trabalhados. E o que vemos? Passeios na praia com diálogos áridos ou nossos personagens balançando os esqueletos em danceterias para descarregar a tensão. O filme termina com os três andando de moto e um monólogo de Donato dizendo da importância de seu irmão para que ele, Donato, se descubra como pessoa. Muito pouco para uma ideia recheada de boas perspectivas. Uma pena... De bom mesmo, só o “Heroes”, de David Bowie nos créditos finais...


Cartaz do filme.


Wagner Moura, como o salva-vidas Donato. Sempre eficiente.



 Konrad (Clemens Schick). Par amoroso de Donato.


Jesuíta Barbosa na pele do irmão Ayrton.


Esse trio poderia ter sido mais bem aproveitado, senhor diretor!!!!!

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