sábado, 29 de março de 2014

Resenha de Filme - A Filha Só

A Filha Só: Ingenuidades Desorientadas.
Falta de Rumo. Incapacidade de tomar decisões. Precipitação. Essas podem ser as palavras que definem “A Filha Só”, um filme de Benoît Jacquot lá de 1995. Nem sempre estamos preparados para enfrentar as rasteiras que a vida nos dá. E podemos meter os pés pelas mãos.

O filme conta a história do jovem casal formado por Valérie Sergent (interpretada por uma belíssima Virginie Ledoyen) e Remi (interpretado por Benoît Magimel). Esse casal se encontra num bar e já percebemos a tensão entre eles. Discussões bobas provocadas por uma falta de comunicação e por visões estreitas de vida. Valérie está grávida. Remi, desempregado. Valérie consegue um emprego de camareira num hotel. Após o encontro com Remi, Valérie vai para seu novo hotel e passa pelas situações mais inusitadas, seja com os hóspedes, seja com os colegas de trabalho. Ela lida com tudo isso com bastante displicência e risinhos de quem não percebe o que está a sua cara. Até que uma de suas colegas a alerta: preste atenção na sua vida! Você acha que tudo está correndo às mil maravilhas e, de repente, BUM! Tais palavras impressionaram Valérie, que decide romper com Remi. O medo do namorado abandoná-la ou o casamento naufragar impele Valérie a acabar com a relação sem ao menos tentar. Ou seja, ela tomou a decisão no ímpeto, na base da precipitação. E assim permaneceu sozinha. Seu filho nasceu, os anos passaram e ela continuou sua rotina de mãe solteira com um emprego, aparentemente não arrependida de suas decisões. Vemos, ao longo do filme, uma ligação muito forte entre Valérie e sua mãe, para quem ela liga constantemente até no horário de trabalho. A parte final vai finalmente mostrar a mãe de Valérie para o espectador numa conversa entre as duas num parque. Nesse momento, vemos como as duas são muito parecidas. Inseguras com relação a vida amorosa, com pequenos traços de fragilidade. A mãe mais emotiva, já Valérie um pouco mais segura de si. Mas a impressão que as duas passam é a de fragilidade e insegurança que, mais hora, menos hora, pode acometer a todos nós, independente da idade e experiência de vida que tenhamos...

Cartaz do Filme


A bela Valérie (Virgine Ledoyen)


Valérie e a amiga que vai lhe dar conselhos sobre a vida


Valérie e Remi

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