quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Resenha de Filme - Somos o que Somos

Somos o que Somos: Calafrios Não Recomendados a Vegetarianos.
Um filme do gênero suspense (embora alguns vão achar que se trate de uma película de terror) que não tem sido muito falado por aí é “Somos o que Somos”. Apesar de não ser algo muito pretensioso, o filme possui alguns elementos dignos de nota. Sem falar que sua historinha é muito escabrosa. Vamos aqui fazer uma pequena análise.

A história fala da misteriosa e reclusa família Parker, chefiada por um pai altamente religioso, que beira as raias do fanatismo e que, no desenrolar do filme, se desdobrará numa loucura atroz (essa é a grande virtude do filme: fazer um alerta para o perigo do fundamentalismo religioso, mesmo se tratando de algo muito exagerado aqui). A mãe acaba morrendo em virtude de uma doença degenerativa que provoca tremedeiras semelhantes às do mal de Parkinson. Logo vemos que o pai é acometido da mesma doença. Frank Parker (interpretado por Bill Sage) não permite que seus filhos se alimentem até um determinado dia, em virtude de uma tradição religiosa. As filhas Iris (interpretada por Ambyr Childers) e Rose (interpretada por Julia Garner) seguem as tradições do pai ao pé da letra, todas conservadas num antigo livro da família, que será a chave do mistério do comportamento dos Parkers e porque eles “são o que são”. Ao mesmo tempo, há desaparecimentos de pessoas na região em que eles moram (Delaware) e as investigações são prejudicadas por um período de fortes chuvas e enchentes. O médico da região, Barrow (interpretado por Michael Parks), teve sua filha desaparecida e faz investigações. Ele fez a autópsia na mãe dos Parker e encontrou os indícios da tal doença que provocava as tremedeiras, assim como um osso humano no rio que passa por detrás da casa dos Parker. Logo, as peças do filme se encaixarão. O livro antigo dos Parker é um diário de uma menina que foi antepassada da família e que fez parte dos pioneiros que desbravavam o país. O detalhe é que eles eram extremamente religiosos e se viram num momento dentro de uma floresta sem comida. E, para sobreviverem, precisaram praticar... canibalismo (argh!), o que acabou virando um ritual religioso da família. Então os Parkers do presente passavam longos períodos de fome, assim como seus antepassados, para depois sacrificar os “cordeiros”, ou seja, pessoas que eles capturavam e mantinham no porão da casa, jogando depois os ossos lá no rio. Bem macabrozinho... e as tremedeiras eram decorrência do consumo de carne humana, tudo descoberto pelo nosso competente Doctor Barrow em seus livros de medicina. Mas o filme tem detalhes mais escabrosos, como o jantar da família, com pedacinhos de carne humana sendo servidos num molho vermelhinho, o ossário que era o leito do rio, as desagradáveis cenas de assassinato, isso sem falar no fim de papa Parker (me desculpem o trocadilho, não resisti), que foi meio que devorado vivo pelas próprias filhas, tudo na medida exata de quem gosta de um bom filme de suspense (ou terror?). Ah, não devemos nos esquecer da presença de Kelly McGillis. Lembram daquela louraça que contracenou com Tom Cruise em Top Gun? Pois é, ela trabalha no filme como Marge, uma vizinha que é louca pelo paizão homicida. Não gosto de tocar nesses assuntos, mas o tempo foi realmente muito cruel com ela... Para quem gosta do gênero suspense (ou terror?), o filme chega a divertir, embora se precise de um pouco de estômago. Só não recomendo a vegetarianos. Agora, para quem gosta de carne mal passada...

Cartaz do Filme. Olha a carinha bonitinha do papai!!!!


Rose e Iris: lavagem cerebral dentro de um clima de fanatismo religioso.


Vamos Comer???? Tá Gotooooso!!!!!


Usa um guardanapo, menina!!!!


Kelly McGillis: tempo cruel...

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