Ele adorava correr
desde menino.
Sem a velocidade temer,
esquecia que era franzino.
E pensava nos grandes campeões,
que tinham dado a vida e suas ilusões.
Pelo simples prazer da audácia,
ele subia no seu kart sem falácia.
Logo, o menino Silva cresceu.
Foi à Europa em busca de mais perigos.
Apesar das dificuldades, seu coração não esmoreceu
e fez aliados e inimigos.
Ao ingressar na Fórmula Três,
muito sucesso ele fez.
Seu talento e sobrenome
mudaram até o nome de Silverstone.
Finalmente, ele chega à Fórmula Um.
Mundo sem afeto algum.
Todos os pilotos querem ganhar,
mesmo que um ao outro tenham que prejudicar.
Em seu primeiro ano, o brasileiro foi tripudiado
em favor do francês laureado.
Mas ele assimilou a frieza
e ganhou três campeonatos mundiais com destreza.
Já era herói nacional
quando se deparou com Imola.
Na Tamburello, o acidente fatal.
Mais uma vítima fazia a curva facínora.
Uma pátria inteira chorou sua morte
e a ele cantou uma ode.
Era o tema da vitória,
que, na manhã dos domingos, entrou para a história.
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