quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Reflexão...





Olho para o céu. Vejo todo um Universo a minha volta. Estrelas, planetas, nebulosas, galáxias, todas muito simples. Estruturas com a entropia relativamente baixa mas não extremamente complexas. São lindas, coloridas ou invisíveis. Um deleite para o estudo das formas abstratas ou esféricas. O homem sempre quis alcançar o inalcançável, o espaço profundo...estar a milhões, bilhões de anos-luz de distância da Terra. Mas, mais maravilhoso do que essa imensidão, está no fato de que estamos aqui e podemos percebê-la e a nós mesmos... além de sermos estruturas infinitamente mais complexas do que as estrelas ou nebulosas. Somos vida consciente. Somos humanos. Criamos o amor, o ódio, a pena, a autopiedade, o egoísmo e o altruísmo. Teremos criado o próprio Deus? Somos infinitamente complexos, Podemos ser maravilhosos, mas também repugnantes...
O que fazemos com nós mesmos? Por que às vezes temos uma sanha destrutiva? Por que às vezes temos prazer em magoar aqueles que nos estimam e consideram? Por que não usamos plenamente o nosso pensamento racional para purificar o emocional e usá-lo somente para promover o bem e não mergulhar em joguinhos perversos com doses de ternura e uma pitada de perfídia? Por que temos medo e magoamos, provocando o afastamento, o sofrimento e a tristeza? 
Volto a olhar para o Universo, imenso e indiferente a nós. Invejo a sua simplicidade, pois o complexo humano pode até ser maravilhoso em alguns aspectos, mas pode também ser muito doloroso por outros. Assim, proponho um abandono momentâneo à natureza humana e um brinde a simplicidade das galáxias, que giram em torno de seus centros espirais, ou das estrelas, que são bolas incandescentes de gás... grandes quantidades de energia, limpas, plácidas, disruptivas mas inofensivas, perto do grande estrago que uma mágoa ou decepção humana faz... o ser humano deve buscar injetar um pouco mais de simplicidade na sua complexidade, com o fito de ser feliz e de sofrer menos. Que escutemos a sabedoria que o Universo tem a nos dar...

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