sábado, 16 de setembro de 2017

Resenha de Filme - Dupla Explosiva. Vale Mais Pela Comédia


                  Cartaz do Filme
Um filme de ação com cara de comédia está em nossas telonas. “Dupla Explosiva” é o clássico filme de “porrada, bomba e tiro”, mas que é muito mais interessante por seu conteúdo altamente cômico. E isso amparado por um elenco estelar: Ryan Reynolds (cuja presença ficou muito mais valorizada por onde ele passa depois de “Deadpool”), Samuel Jackson (que dispensa apresentações) e as gratas surpresas de um Gary Oldman, o versátil ator português Joaquim de Almeida e, principalmente, Salma Hayek, que andava meio sumida e que, apesar da idade, ainda tem uma beleza para lá de estonteante.
                            Uma baita química!!!
No que consiste a história do filme? Michael Bryce (interpretado por Reynolds), um agente de segurança de gente muito importante, sempre foi impecável em seu trabalho. Até que um dos seus clientes acaba assassinado, o que o colocou no limbo, conseguindo apenas trabalhos menores. Ele será chamado por Amelia Roussel (interpretada por Elodie Yung) para proteger Kincaid (interpretado por Jackson), um assassino profissional que é testemunha-chave para condenar um ex-presidente da Bielorússia (interpretado por Oldman), acusado de genocídio. O problema é que o tal ex-presidente tem todo um rosário de capangas e assassinos que vão perseguir nossos protagonistas até ao inferno, se for preciso, com o objetivo de matar Kincaid. Aí, o resto todo mundo já sabe. Mas o detalhe aqui está no relacionamento entre Bryce e Kincaid, que foi, digamos, um tanto turbulento no passado, o que vai provocar muitas risadas nos espectadores.
                 Muito bom ver Hayek de volta!!!
O filme definitivamente gira em torno de Reynolds e Jackson, como não podia deixar de ser diferente. A química entre os dois foi perfeita, com um carisma maior por parte de Jackson. Ele meio que engoliu Reynolds durante a película. De qualquer forma, Reynolds também esteve bem. O personagem talvez não ajudasse muito, já que ele era metódico, certinho e, como dizem hoje em dia por aí, cheio de “mimimi”. Já Jackson era um supersafo da vida, com os “Motherfuckers” de sempre, o que provocava muito mais impacto. Duas naturezas tão antagônicas ajudaram a compor um bom relacionamento entre os dois, que começou com turbulências muito engraçadas, mas que pouco a pouco deram lugar a uma aproximação e entendimento melhor entre eles.
Com relação ao vilão, ele apareceu muito pouco e fez o bandidão mau e impiedoso clássico, o que é uma pena, pois um talento como o de Oldman sempre pode ser melhor aproveitado, se bem que, num filme desse tipo, não existe muito espaço para isso, pois o vilão é mau e somente isso. Podemos dizer que Oldman fez seu “feijão com arroz” direitinho. Já Joaquim de Almeida é aquele talento que todos nós cinéfilos que acompanhamos o cinema europeu já conhecemos de eras. Mas o cinema americano insiste em criar estereótipos e mais uma vez deu um papel de mau caráter a Almeida, o que eu particularmente acho uma coisa muito chata e reforça os argumentos de Ricardo Darín em não ceder às tentações de Hollywood. Salma Hayek interpretou a esposa de Kincaid, e fez o estereótipo da mulher latina fogosa e violenta clássica. Como era algo sem saída, Hayek caiu de cabeça no papel e o fez de forma tão caricata que isso caiu como uma luva no gênero de comédia do filme. E, cá para nós, como foi bom ver Hayek de novo com sua beleza irresistível! Só isso já valeu o ingresso!
                  Oldman. Vilão convencional.
Apesar do rosário de estereótipos, “Dupla Explosiva” é um filme altamente recomendável pois, mais do que um filme de ação, é uma ótima comédia feita por um elenco muito bom e traz atores que estavam meio sumidos nas telonas. Só é lamentável que esse filme tenha passado em tão poucas salas e com poucos horários, o que reflete a carência de salas de cinema numa cidade de escala nacional como o Rio de Janeiro. Quem não tiver a chance de ver no cinema, pode depois procurar no DVD.

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